Abraço!

No enlaço do abraço,
a expansão
do horizonte.
Encontro com a
voz das sutilezas
e das significâncias.
Roço a beleza,
a alegria!
Mergulho
no segredo
da quietude.
Intuo, levemente,
o que sou.

Chuva








Chuva intensa
encharca a terra
que, saciada
regurgita...
As sobras,
desorientadas
escorrem
lavando e levando
pelas ladeiras,
o caminho
e o que há pelo caminho...
Invadem quintais,
passeios;
as estradas nuas
e as vestidas de asfalto...
Algumas, organizam-se
formando poças
de resistência.
Outras, seguem
a massa
em corredeiras,
tubulações,
tribulações,
córregos e fios d’água...
Mas, em algum momento
solitárias ou
solidárias,
todas elas,
vulneráveis ao sol
e ao chamado do instinto,
esfumaçam-se,
elevando-se ao sopro das brisas...
Lá, do alto,
recompostas
regressam.
Vêm ansiosas,
vêm tranqüilas,
vêm de todos jeitos...
Cantando, acarinhando,
vociferando, abalando...
Mas vêm!
Vêm para repetir
o que nunca será
do mesmo jeito.
Acho que
assim como nós...





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2025, 16o aniversário do Blog! Pulei 2024, ano dos 15 anos. Aconteceu sem intenção. Retomo, agora, este espaço e esta escrita e me preparo para metaforizar silêncios e ausências. É o que eu gosto.

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