domingo, 26 de abril de 2020 | Filed in:
Tudo
tão perfeito!
Grata
pela beleza que posso ver!
Pela
emoção que posso sentir!
Grata
por tanto benquerer!
Pelos
sorrisos, abraços!
Grata
por todos!
Pelas
partes de cada um
que
carrego no coração
e
nas lembranças !
O
amor é tão grande e maior
que
todo resto esfumaça,
sem
valor!
Grata
pelo presente
de
ter visto, sempre,
o
melhor de cada um!
Grata
por esta elasticidade
que
sai de mim e me conecta
com
o infinito todo!
Grata
pela neblina que some
do
meu olhar e posso ver...
Grata
por ter seguido, sempre,
meu
coração, mesmo arrebentada!
Grata pelo aprendizado
de esquecer e perdoar
o que não importa
e o que machuca.
Grata
por nunca me sentir massa!
Grata
por esta dor grande
que
me unifica.
Pela
solidão
que
me aproxima de tudo!
Grata
pela fênix
que
me acompanha!
Grata
por toda escuridão
que
depois clareou o caminho!
Grata
por todas as despedidas
que
me desmancharam
para
renascer melhor
no
dia seguinte!
Que
me trouxeram audição!
Neste
isolamento,
como
compreendo o movimento
da
folha que cai no seu tempo...
Como
compreendo a unidade,
olhando
nos olhos de todos
e
de tudo que amo!
Todos
bem aqui ao meu lado,
mesmo
distantes!
sábado, 25 de abril de 2020 | Filed in:
Retardatário,
um
raio de sol
arrastava-se,
solitário,
para
atrás dos morros,
descolorindo
o horizonte...
Uma
última olhadinha
para
trás e... viu!
O
lago! E dentro,
papiros
verdinhos,
cabisbaixos,
abatidos!
Ágil
e preciso,
escorregando
por
entre ramos,
galhos
e frestas
seu abraço de luz
foi até lá,
nos verdes esquecidos!
Retardou a noite,
mas aqueceu e
reanimou a vida
naquele momento
único e precioso!Surreal...
domingo, 12 de abril de 2020 | Filed in:
Nossas
uvas também estão se reinventando! Tivemos uvas no verão e agora, no outono!!!
A
primeira Páscoa da minha vida vivida nesta condição de isolamento,
especialmente dos familiares. Todos os dias eu me questiono sobre quando
conseguirei traduzir como tudo isto está repercutindo e o que está produzindo dentro
de mim... Observo que alguns estão mais rápidos e expressando-se pela raiva,
pela impaciência, pânico, má educação, queixume, arrogância, provocação e
rebeldia... outros pela generosidade, empatia, partilha, criatividade, bom
humor, escuta, esperança... Isto me encanta: generosidade e esperança!
Lidar
com nossos sentimentos, pensamentos, tantas informações e polarizações é um
processo cotidiano moroso, doloroso, inquietante, cercado de incógnitas, mas
também grandioso! Considero oportuno para o redimensionamento da nossa relação com o
espaço, com as coisas, com o outro e conosco mesmos, com quem somos, de fato.
Saímos da rotina. Da “zona de conforto”. Uma possibilidade de “reinvenção” se
anuncia.
Neste
domingo de Páscoa, acordei com a sensação de estar ainda dentro do sepulcro, em
expectativa, esperando a Páscoa, a minha ressurreição! Curiosa para encontrar
com o “meu novo”! Porque meu desejo é ressurgir, ao final desta experiência, como
um ser humano melhor! Desejo estendido a todos!
sábado, 11 de abril de 2020 | Filed in:
Todo
dia,
uma
aquarela deslumbrante
de
cores
saúda
e acompanha meu dia!
Vai
alternando em tons, beleza e intensidade
conforme
o contexto:
se
frio, chuva, nublado, sol, calor,
desilusões,
desafios, dores,
conquistas,
encontros, surpresas...
Há,
no entanto, um momento,
a
hora mais bonita,
que
redime e agiganta meu coração,
é
quando chega a Maria!
Ela
é a cor mais linda do meu dia!
Feliz aniversário, querida Maria!
terça-feira, 7 de abril de 2020 | Filed in:
Sinto-me
estranha,
esgotada
e ferida
com
as polarizações.
Pisar.
Enaltecer.
Não
me encaixo;
meu
olho não incendeia,
meu
coração não palpita.
Onde
estão os meus?
| Filed in:
A
escuta perguntou
pro
tempo
qual
o tempo que
o
tempo tem.
O
tempo
respondeu
pra escuta,
que
o tempo
que
o tempo tem,
é
o tempo que a escuta dá;
e
que o tempo que a escuta dá,
é
o tempo que
o
tempo tem...
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Quem
não tem saudades do mar?
Eu
tenho!
Tinha
saudades mesmo antes conhecê-lo,
quando
apenas o intuía...
Me
tomam as metáforas fundas,
de
tantos ontens,
histórias
sem fim
que
as ondas espalham,
sem
pudor, nem receio,
enquanto
se espreguiçam nas areias...
Respingos
vêm a mim!
São
sussurros,
brilhos,
saudades...
contadas
e cantadas pelo vento,
horizonte,
pedras,
verdes
tranquilos, areia e águas...
Ah!
Paciência, escuta e deleite
tenho
para sentir e traduzir
este
baú infinito de memórias!
Falta-me,
incontáveis vezes,
maestria...
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