domingo, 8 de junho de 2014 | Filed in:
O mundo e o cotidiano estão cheios de histórias!
Belas histórias, fantásticas histórias, doces, anônimas, medianas, deploráveis,
terríveis, histórias. Histórias de princesas, de reis, de bruxas; de heróis, de
enamorados, de sobrevivência, de luta, de massacres, de gente comum, destruições, vitórias,
conquistas, transformações; de
visionários, de miséria, de terror, de ignorância, de corruptos, de injustiça e de fraternidade, de decadência e de
superação, altruísmos; histórias de fé. Histórias
pessoais, de povos e civilizações... História dos outros, história nossa,
história minha. Adoro histórias e tenho
minhas preferidas; que adoro ler, ouvir e contar. Crianças também adoram! Na escola, toda semana
temos um contador de história, o prof Daniel,
encantando, desafiando e estimulando nossa imaginação e reflexão com suas histórias.
Na última sexta, em sala de aula, recebemos a visita de um contador de
histórias diferentes: na verdade, um historiador
local: o sr Isaque de Borba Corrêa, que veio
conversar conosco sobre a escravatura aqui, na nossa região, ilustrando e aprofundando o estudo que fizemos sobre este conteúdo. Foi uma manhã
interessantíssima! O seu conhecimento e a forma como se deslocava, com tranqüilidade,
no tempo\espaço, de 1500 (época do descobrimento do Brasil) até hoje, indo e vindo, impressionou os alunos! Muitos tiveram a necessidade de perguntar, várias vezes,
quantos anos ele tinha e se ele estivera presente neste ou naquele episódio da
História do Brasil!!! Vejam só! Isto que a data de nascimento dele estava no quadro!
Eu observava suas fisionomias centradas
no convidado; olhos brilhantes demonstrando o quanto estavam admirando e “viajando
no tempo”... E, eu quase tinha certeza de que na cabecinha deles, naquele momento,
aquele homem que sabia tantas coisas e que estava contando tudo aquilo pra
gente, como se tivesse vivido ou presenciado cada uma delas: só podia ser muito "antigo" para saber tanto (embora sua aparência dissesse o contrário. É que criança sempre vê, em
primeiro lugar a essência!)! Na verdade, de certa forma, é como se ele tivesse vivido mesmo, pois um ancestral seu veio, de Portugal para o Brasil, junto com a família Real, em 1808 e mais tarde, o trisavô ganhou a autorização de D. Pedro I para fundar a vila Nossa Senhora do Bom Sucesso, que deu origem ao nosso município.
Um parênteses: eu compreendia profundamente o êxtase dos alunos, bebendo aquele conhecimento... Por alguns instantes, viajei no tempo, transportada ao meu tempo de estudante universitária, na UNIJUÍ, assistindo as aulas dos professores do meu curso de Letras: Deonísio da Silva e João Wanderley Geraldi e as palestras dos professores Dinarte Belato e Mario Osório Marques, que não foram meus professores, mas cujas palestras, sempre que pude, assisti. Todos eles, fantásticos e cativantes na forma de expressar o seu conhecimento! E, com isto e por isto, marcando, tão profundamente, muitos de nós.
Voltando ao presente: na despedida, nosso historiador deixou uma mensagem, simples e séria, que, embora não sendo nova, é de profunda sabedoria e grande aplicação no contexto pessoal e, especialmente, sócio-político atual: “estudem bastante, sejam curiosos! Todos devem se interessar e conhecer a História, independente de sua profissão e não somente os historiadores. É preciso conhecer a História, o passado, para não repetir os erros do passado...”.
Depois de atualizar e socializar impressões e aprendizados, referentes ao encontro com os alunos, fiquei só, com minhas reflexões... meus sentimentos...
Um parênteses: eu compreendia profundamente o êxtase dos alunos, bebendo aquele conhecimento... Por alguns instantes, viajei no tempo, transportada ao meu tempo de estudante universitária, na UNIJUÍ, assistindo as aulas dos professores do meu curso de Letras: Deonísio da Silva e João Wanderley Geraldi e as palestras dos professores Dinarte Belato e Mario Osório Marques, que não foram meus professores, mas cujas palestras, sempre que pude, assisti. Todos eles, fantásticos e cativantes na forma de expressar o seu conhecimento! E, com isto e por isto, marcando, tão profundamente, muitos de nós.
Voltando ao presente: na despedida, nosso historiador deixou uma mensagem, simples e séria, que, embora não sendo nova, é de profunda sabedoria e grande aplicação no contexto pessoal e, especialmente, sócio-político atual: “estudem bastante, sejam curiosos! Todos devem se interessar e conhecer a História, independente de sua profissão e não somente os historiadores. É preciso conhecer a História, o passado, para não repetir os erros do passado...”.
Depois de atualizar e socializar impressões e aprendizados, referentes ao encontro com os alunos, fiquei só, com minhas reflexões... meus sentimentos...
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