terça-feira, 2 de agosto de 2016 | Filed in:
Não leva meu caderno!
Está cheio
do meu
filho, do seu
benquerer
vindo
me
acarinhar,
desde lá,
de tão longe...
Um presente
onde
registro
meu presente!
Por favor,
moço,
não leva!
Está cheio
do ontem!
Da luz do
sábado,
do brilho
das ondas
e do voo
sincronizado
dos
parapentes
e dos aviões
imitando
pássaros
no alto dos
morros;
espiando o
mar,
a vida em
círculos,
lá
embaixo...
Está cheio
desta
manhã de
domingo
quando, na
esquina,
flagrei o
encontro dos poetas
e, na
praia,
dos azuis
com o horizonte...
Moço... não
leva!
Está cheio
de mim
diluída em
cada palavra
que desejou
e tentou
traduzir
meu olhar!
Ah! Bem
assim...
Eu pedi!
Ele não
ouviu!
Nem minha
fala,
nem minha
alma!
Cego de
pressa e indiferença
arrancou,
de mim,
pedaços....
Aaaaaiiii! Que dor!
Mais ainda
porque
não lhe
serve!
Só tem
sentido,
só cabe em
mim...
Por favor!
Se
encontrarem um caderno
espiral,
com bordas floridas,
meu nome no
rosto,
pálido de
medo, jogado por aí,
chorando
baixinho... é meu!
Procuro,
sonho, espero!
Quero-o de
volta,
como
estiver!
Troco
por benquerer.
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