quinta-feira, 16 de maio de 2019 | Filed in:
Em
rápida sintonia,
desejo
e vontade
conspiram,
se articulam e
se articulam e
mãos
fortes, inquietas,
curiosas
de ação,
brincam
com
os
legos de pedra
encaixando-os
com
suavidade
e
leveza
de
algodão.
Lapidando
o homem
por
fora e por dentro;
surgem
contornos
e formas...
que vão,
ligeirinho,,
que vão,
ligeirinho,,
transformando-se
ora
em abrigo,
caminho,
proteção,
inventos de serventia!
Ora
em agrados internos,
forjando
sossego,
vocabulário,
inspiração...
que é
que é
quando
a pedra
vira
poesia
e
o coração,
construção.
quarta-feira, 15 de maio de 2019 | Filed in:
Um dia, pelos idos de 1870, Castro Alves poetou: “A praça! A praça é do povo, como o céu é do condor”!
Hoje, novamente, eu estive na praça; eu
povo, eu cidadã, eu professora, eu mulher, mãe, avó, na Praça da República! Bem
ali, onde, em anos longínquos, estive muitas e muitas vezes organizada com meus
pares; erguendo voz e bandeira, com respeito e educação, pelo direito e
respeito à educação.
Neste breve retorno à Ijuí, RS, agora, não planejara, mas este reencontro político e amoroso, na praça, em
torno da educação aconteceu e fiquei feliz!!! Não sou mais aquela jovem e
idealista professora. Agora sou uma senhora professora aposentada... mas ainda
vibro! Ainda idealista! Ainda apaixonada por este fazer trabalhoso que valoro
profundamente! Eu e tantos! Por isto, tenho coisas a dizer! Partilhar!
Defender! Coisas a escutar, conversar! A luta continua. O trabalho continua. O
estudo continua. É incessante.
Gostei e vibrei muito, todo tempo em que
estive ali, na "praça do povo", na manhã cinzenta e friorenta, vendo
e ouvindo professores e alunos. Um grupo significativo, não pela quantidade,
mas por estar ali. Vi paixão nos discursos acalorados dos jovens! Vi serenidade
e maturidade nos discursos aprofundados e tranquilos dos mais velhos: “a
conscientização precisa passar pela reflexão”. Isto demanda paciência e
tempo. Por isto o valor da História, da Sociologia, da Filosofia; do ensinar\aprender\exercitar
pensamento e leitura: a dos livros, a da realidade passada e presente e a do
outro. Por isto o valor do observar, questionar, investigar, refletir,
analisar, associar, estudar, trocar. Aquele que pensa, reflete; não “engole”,
simples e passivamente o que escuta, seja de A, B ou C. Há muita gente
“pegando” frases, pensamentos aqui e ali e defendendo, apontando como verdades
ou mentiras, espalhando sem ir a fundo, sem conhecer de fato. Muita gente
falando de educação sem ser\entender\trabalhar com educação. E o assunto é
sério! Seríssimo! Educação é base. Requer cuidado, carinho, respeito. Dar
escuta e valor a quem entende, estuda, pesquisa.
Lembrei de outros versos do mesmo poeta:
“Oh! Bendito o que semeia livros, livros à mancheia e manda o povo pensar”...
E, esperançosa e grata pelo (re)encontro cívico; por esta aula na praça,
atravessei a rua, entrei na livraria e comprei! Comprei “armas”, as mais
sofisticadas e poderosas: os livros! Comprei livros! Livros para mim, para
minha neta, para meus alunos!
Ler! Ler e pensar! E cabeça pensante,
investigante e coração pulsante, sem medo, fortalecer: vontade de trabalhar,
desejo de aprender e fazer melhor, justeza, bem comum, cidadania; educação de
qualidade para todos: visíveis e “invisibilizados”; benquerer, respeito
às conquistas do povo; respeito à vida, às diferenças e à liberdade.
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Voltar pra casa,
pra terra natal
é um pouco assim como
as borboletas
ao redor das flores
enchendo-as de
agrados e beijos:
mistura de alegria
com nostalgia;
de saudade e inibição!
De rompantes
de riso
e de choro;
de expectativa
e inquietude;
de exageros,
bobeira
e emoção!
Reencontro com tantos outros
e com partes minhas
ainda ali, em curvas,
esquinas, fachadas!
Em tantas coisas modificadas...
Tantos ontens,
tantos sonhos,
tantos vividos neste chão...
Ah! Voltar é mesmo
este borboletear
desnorteado,
sem saber muito bem
nem como
e nem onde pousar...
domingo, 12 de maio de 2019 | Filed in:
fortalecimento!
Parir
um filho:
inusitado
(re)encontro
com
as entranhas da terra,
o
eterno feminino
e
o sentido da vida!
Ver
um filho crescer:
encanto!
Amamentar
e alimentar um filho:
alegrias,
escolhas, singularidades!
Cuidar
de um filho:
amadurecimento!
Proteger
um filho:
responsabilidade,
força!
Ensinar
um filho:
trocas!
Educar
um filho:
refinamento
do amor!
Brincar, rir com um filho:
desarmar, desamarrar,
relaxar,
vibrar!
Ficar feliz!
Ninar
um filho:
pura
delicadeza!
Respeitar
um filho:
aprendizado!
Estimular
um filho:
paciência, perseverança, esperança!
Ver
um filho no mundo:
apreensão,
confiança, saudade!
Acompanhar
a dor, os limites de um filho:
angústia
e impotência,
exercício
de humildade.
Perder
um filho:
vazio
inexorável.
Observar
as conquistas de um filho:
deleite!
Ver
um filho feliz:
sossego:
tudo valeu!
Ser
cuidada e protegida
por
um filho:
entrega,
gratidão!
Abraço
de um filho:
cura,
suaviza, preenche!
Ser
chamada de mãe:
ter e pertencer
a um lugar;
a um lugar;
acarinha
e
apazigua o coração!
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