sexta-feira, 25 de junho de 2010 | Filed in:
“Pássaros feridos” foi um livro que curti muito e por longo, longo tempo. Lembrei agora, porque durante a semana, muito intensa, os encontros, em alguns momentos, fizeram-me sentir e a cada um, um pouco assim: feito pássaros feridos, impossibilitados de voar e correndo risco. Discursos e teorias, transformando-se em idéias cansadas. Brigas e conflitos sempre por motivos repetidos. Defesas e justificativas elaboradas por inseguranças infantis aflorando. Julgamentos e orgulho para disfarçar fraquezas escondidas. Queixas e críticas motivadas por mágoas, ciúmes e medos. Dores, tristezas, desejo de morte provocados pela covardia, fraqueza e ignorância... Vem do fundo, então, uma vontade de só olhar pra lua, linda e cheia, linda e plena, lá do alto contemplando estas mazelas sem jeito e sem rumo, que perambulam por aquí, de um pra outro, num ping-pong ininterrupto... olhar pra lua e roubar, bem egoísta, do real, da vida mecanizada e regrada; dos olhos dos outros e do dia, dos conceitos e preceitos, um instante de trégua, sossego e amor! Deste amor que talvez só exista, mesmo, no sonho; mas que mesmo assim, aquece, enlaça, faz vibrar através do olhar, da voz, do sorriso, do abraço, do desejo e do importar-se, às vezes real, às vezes somente imaginário, do outro; este outro que nos importa, que nos encanta, motiva, produz desejo de viver; muso inspirador.
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