A realidade é o ponto final.
Final de sonhos
de ilusões.
Vão-se as exclamações
as reticências
e as interrogações.
Nem mais as vírgulas
separando expectativas e
suspiros e inquietudes
e emoções fundas.
Fica a concordância verbal
no pretérito imperfeito:
eu ilusionava
eu sonhava
eu esperava
eu amava
eu escrevia
eu sentia
eu queria.
Fica num movimento de resistência
ao hiato que se instaura
a um passado que se inaugura
a uma tristeza que se enraíza.
Mas o olhar permanece
contemplando e dando
vida e direção aos adjetivos
aprendendo a conjugar
o possível e o real
no tempo presente.
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