segunda-feira, 17 de outubro de 2011 | Filed in:
De repente, a dureza e rudeza do real, provocou e chamou os fantasmas da solitude, do medo e da impotência, enchendo de impossibilidade e pavor o presente. E apareceu um sopro de fragilidade: feito criança perdida no escuro da noite, escutando todos os ruídos possíveis e assustadores; visualizando todos os monstros; com as pernas travadas, a fala aprisionada. Um sopro que ocupou espaço imenso no imaginário. Mas as defesas se organizaram. E a imagem do ipê tomou conta. Lindo, amarelo, ao pé do morro; suave e entregue na solidão entre os tons de verdes exuberantes, os recortes e as pedras. Imponente e corajoso na sustentação e no enfrentamento de tudo ali, sozinho. Ao mesmo tempo, integrado no contexto. Lindo, amarelo! Cheio de luz, feito um sol! Cheio de vida, cheio de flor! Cheio amor! E assim, lá de longe, como o fotografaram meus olhos, o ipê amarelo, solidário, acolheu minha dor, aquietou meu temor.
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