segunda-feira, 26 de dezembro de 2011 | Filed in:
O sol não veio, nem o calor. O dia acordou o Natal com uma chuvinha mansa e um friozinho inusitado. Bom ficar na janela, vendo a chuva deslizar pelas superfícies, silenciosa e íntima. Nada de praia, nem de passeios nem de saídas, nem de visitas, encontros externos. Tudo dentro de casa. Gostoso. Uma introspecção forçada que aquietou o frenesi produzido pelas festas, brilhos, comilanças, trocas de presentes e, promoveu o encontro entre os da casa. Bom olhar para aquilo que se tem e ali ficar e aproveitar e bastar! Bom contemplar por mais tempo a bela orquídea que floresceu, presa à arvorezinha, junto à escada e que em outros momentos não recebe este olhar atento, porque passamos ali, subindo ou descendo com pressa... sempre há tanta coisa a fazer fora dos portões, nos dias úteis e de sol... Será um dia de chuva, um feriado, o Natal, um dia inútil, então? Que coisa fantástica e enigmática, a palavra! Bom ficar pertinho dos filhos, ter todos juntos, outra vez, como quando eram crianças... ouví-los conversando, rindo, companheiros e com eles, assistir um filme, todos juntinhos, uns no sofá, outros deitados no chão, enrolados numa mantinha e, nos entremeios um comentário, um abraço, um riso bobo... bom olhar para eles, adultos e os acréscimos bonitos que trouxeram: marido, namorada e um bebê sendo gestado! Apesar de todas as diferenças e singularidades, algo em comum, que aproxima, que toca, que gosta de estar junto! Bom ver os gatinhos buscando também ficar perto, olhar doce, tranqüilos e atentos... Bom lembrar de Francisco de Assis, de repente e do quanto era amoroso, acolhedor, fomentador de encontros fraternos! Bom reler uma mensagem que chegou, de quem se gosta e se tem saudades! Bom sentir o coração sossegado e neste momento convivendo bem com as faltas, os vazios, a dor de algumas realidades. Bom estar perto da árvore de Natal, linda (!) e olhar para ela com os olhos brilhantes e surpresos das crianças, sem muitas palavras para nomear os sentimentos, mas percebendo a magia e a essência além dos enfeites e luzes. Bom ver a noite, outra vez chegando, num ritmo compassado, sem alardes, saboreando a passagem e, ouvir a música do Roberto Carlos, cantando que nada é mais importante do que o amor; que toda forma de amor merece uma canção e que o amor é fonte inesgotável de inspiração! Pequenas coisas tão importantes, tão Natal!
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2 comentários:
Lindo Maisa! Feliz ano novo pra ti!
Beijão
Obrigada, Eli! Também desejo que realize todos os seus projetos e tenha muita inspiração para produzir belas obras!!!
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