sexta-feira, 27 de julho de 2012 | Filed in:
A chuva cantava baixinho junto ao telhado e às calçadas... O calor do fogão à lenha aquecia a cozinha, na manhã fria e o aroma do chá impregnava o ambiente com seu perfume suave... uma combinação rica de elementos que ativaram a memória dos meus sentidos; trazendo para bem perto a cara da saudade; tão intensa e esmagadora como ela sabe ser. Só colaborei acrescentando uma música, o que ativou ainda mais as percepções e aprofundou o que já estava evidente. Saudades explícitas, do agora, do que posso nomear e outras que se perderam no tempo; deixando somente marcas e espaços vazios, que não sei nomear, apenas sentir. Dias, momentos assim, recorrentes, me fazem buscar alguma coisa concreta para reorganizar o interior e continuar, “apesar de”. Hoje busquei apontamentos de um livro raro, que um dia acessei. Ele conta a história de um amor intergaláctico e sua trajetória atravessando tempos, eras, idades, civilizações e seus encontros e desencontros neste percurso... lindo, no sentido mais íntegro da palavra, embora, para muitos, sei, isto se configure como piegas e ilusório! Me encanta profundamente uma frase, no prefácio, tão simples, mas tão impregnada de significantes: reportando a um tempo “...quando homem e mulher uniam-se por puro amor, para criar, para fazer o bem aos semelhantes...” ; algo que parece tão longe e ao mesmo tempo tão perto; tão absolutamente possível, quanto absurdamente improvável... palavras, expressões que se esvaziaram, mutaram, mas que neste meu momento, agora, acalentam.
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