segunda-feira, 27 de agosto de 2012 | Filed in:
O silêncio da madrugada acolhe e ajuda a organizar o vivido, intenso e corrido deste final de semana dos 80 anos do meu pai. Comemoramos ao gosto dele, com um mínimo de acessórios. Um irmão não pode vir. Acho que deve ser algo muito especial olhar e ver, de repente, o quanto o tempo passou e num momento, poder observar os frutos de toda uma vida, ali materializados e presentes nos filhos, nos netos e nos bisnetos e no que cada um, na sua singularidade, é, produz e articula no seu espaço... As ligações familiares são fortes, são bonitas e também cheias de melindres, sutilezas; demandam intenso trabalho interno... não é fácil falar delas. Cada circunstância é material para processar por longo tempo e remete à tantos sentimentos, “encontrados e desencontrados”, profunda sensação de inteireza e também de vazios e perdas; de sintonia, “porto seguro” e absoluta solidão diante da individualidade e das diferenças; assim como diante da impotência frente aos desafios e obstáculos que cada um tem que enfrentar no seu cotidiano. Mas os encontros alimentam os afetos! E isto fortalece. Anima. Humaniza.
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