segunda-feira, 29 de abril de 2013 | Filed in:
Coisa mais linda o livro “Se as coisas fossem
mães”, da Silvia Orthof! De uma delicadeza sem par. Cada vez, algo diferente,
uma compreensão maior ou melhor. Atiça a imaginação como fogo! Os alunos viajam e eu também... e
imagino que Se as palavras fossem mães, seriam mães poetas, o tempo todo
enlaçando os filhos com significantes curativos e esperançosos... Se os abraços
fossem mães, seriam mães acolhedoras e boas ouvintes e ninguém ficaria abandonado; nem a solidão, rancor, tristeza ou maldade teriam espaço para
crescer nos corações.
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De repente
perdi a paciência.
Por momentos
agonizei e morri
colocada num lugar
que não é meu.
Cancei de
envelhecer
preocupações
e repetições;
justificar ante
interpretações
equivocadas,
melindres e
expectativas
alheias e
desbotadas.
Ah! Descompromisso!
Tempo sem tempo,
hora sem hora
viajando em
arco-íris
brilhantes e
coloridos
entre o céu e a
terra...
E por trilhas
maravilhosas
de horizontes
desconhecidos
ou lá da montanha quase
esquecida
mágica, sussurrante!
segunda-feira, 22 de abril de 2013 | Filed in:
Passeavam
na solidão da
madrugada;
no céu, a lua
eu, na insônia.
Encontro.
Essências e
intensidades
cúmplices e
silenciosas
no seu fazer,
ela de provocar
inspirar.
Eu, sentir
escrever.
Hoje sorriu
solidária.
Sabia que eu
voltaria,
que o encanto
não morreu!
Represado
entre entulhos,
emerge, frágil
feridas abertas
mas ainda
apaixonado!
quinta-feira, 11 de abril de 2013 | Filed in:
gelatinas coloridas
bate palminhas!
Emoção, alegria!
Há exatamente 1 ano
vimos, pela primeira vez
o rostinho doce da Maria!
Engatinhando de lá pra cá
sorrindo, olha só!
Esconde-esconde
pela casa inteira,
cansando a vovó!
Quanta coisa!
Ah! A flor!
Oh! O au-au!
Pipi!!! A Pã!!!!
Historinhas...
“Menina bonita
do laço de fita”,
"O mágico de Oz"...
"O mágico de Oz"...
- “Sai daí bruxa feia”!
Princesas e coelhinhas!
Princesas e coelhinhas!
É Maria crescendo
olhar curioso
cheio de brilho,
encantamento, vida!
Feliz aniversário,
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O
afeto, o amor faz demandas duras, por vezes. Em alguns momentos a gente precisa
externar estes sentimentos com firmeza e não com doçura, como parecem sugerir.
Pensei nisto, novamente, hoje, ajudando segurar e imobilizar minha neta, para
que pudessem coletar seu sangue, para exames de rotina, agora que completa 1
aninho. Foi duro ouvir seu chorinho, os olhinhos fitando a mim e a sua mãe,
interrogando sobre esta atitude nossa, sobre esta dor que assistíamos ela
passar. Como se nos perguntasse: o que está acontecendo? Por que estão ajudando
estas pessoas me “judiarem”? Naqueles momentos, um filme passou. Lembrei das
inúmeras vezes em que passei por esta mesma cena: em hospitais, em
ambulatórios, em laboratórios; quando meus filhos eram pequenos e nas vezes (raras)
em que tive que, às pressas, levar ao pronto socorro, alunos por algum acidente
ocorrido na escola e ficar ali, neste papel de “sustentar a dor” (para um
curativo mais profundo; uma anestesia
para fazer pontos) necessária, até a chegada dos pais. Quanto a gente precisa
ser forte nesta vida! Como o desejo de proteger, de minimizar ou livrar da dor,
o próximo, é intensa! Como dói a impotência diante do sofrimento de um filho,
de um ser que a gente ama! A maturidade nos presenteia com descobertas importantes:
o verdadeiro amor é consciente; feito de afeto e limite. Às vezes o amor mais verdadeiro e genuíno está expresso
num “não” e o mais absoluto abandono, num “sim”. E o “menos” é “mais”. E o
demais banaliza. E a falta enriquece.
Respeitar é bonito, mas dói. Deixar a porta aberta é o melhor presente: para ir
e para voltar. Sentar e conversar. Sustentar e suportar choro e riso. Acolher e silenciar.
segunda-feira, 8 de abril de 2013 | Filed in:
Para Maria,
nossa pequenina "Dorothy":
História em
versos...
Para que o sonho de encontrar,
além do arco-íris um lugar sem maldade, só de alegria, continue sendo
alimentado, sonhado e, quem sabe encontrado!
Da vovó!
História encantadora,
cheia de emoção e
belas melodias
é esta: “O Maravilhoso Feiticeiro de
Oz”!
A pequena Dorothy
numa fazenda, em Kansas vivia;
sonhava encontrar um lugar,
além do arco-iris,
sem maldade, só de alegria!
Numa tempestade,
desaparece seu amigo
um cãozinho levado.
Quando o encontra, ofegante
a casinha, que servia de abrigo
é levada por um tornado,
a Oz,
uma terra distante.
Eles caem bem em cima
de uma bruxa má
matando-a, que azar!
Mas os moradores vibram!.
Dorothy descobre
que para sair de lá,
o Feiticeiro de Oz
precisa encontrar.
Pega os sapatinhos de rubi
da bruxa feia e malvada
e sai à procura do mágico
pela estrada amarela, quadriculada.
Encontra, num campo dourado
um espantalho descontente
humilhado pelo corvo debochado
por não ser inteligente
Um pouco mais para o lado
imobilizado, sem ação
um homem de lata, enferrujado
sonhando com um coração.
Rugindo, vem o rei da selva, fazendo
alarde,
a cara de mau provocando confusão!
Mas isto era só disfarce do covarde!
Na verdade, era muito doce o leão!
Eles seguem a menina;
até o feiticeiro escondido
lá na cidade verde: Esmeralda.
Cada um tem um pedido
mas antes de mais nada
recebem a missão de destruir
outra bruxa malvada!
E eles resolvem com louvor!
O Mágico, bom na ilusão
(na verdade um enganador,
que também não era dali),
a todos vem atender:
ao homem de lata, dá um relógio
em forma de coração
ao
espantalho, um diploma de saber;
e uma medalha de bravura, ao leão!
Para ele e Dorothy
constrói um balão!
Porém, foge novamente o cãozinho!
Ela e os amigos vão procurá-lo
e o mágico parte sozinho.
Encontram o cão e uma boa bruxa
que o segredo vai falando:
os sapatinhos vermelhos
são mágicos! Puxa!
Vão levá-la para casa, voando,!
Assim, Dorothy volta feliz, a cantar:
"Não há lugar como o nosso lar!".
sábado, 6 de abril de 2013 | Filed in:
Imagem da internet
O deserto da dor
é longo, árido;
maltrata e alucina
povoado de
fantasmas,
ilusionistas,
armadilhas sutis
que atordoam
e atormentam a
alma, quando
está desavisada.
Benditos oásis!
Quando os verdes
e o sol
enchem tudo de luz!
E tudo, por um
momento,
canta! E a alma se
reencontra!
Se reconhece!
Se deleita com a
beleza,
com o bem!
Respira. Fortalece.
Apazigua.
Desertos e suas
criaturas
cumprem seu papel.
A alma aprende.
A dor treina o amor.
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