Ofício de mãe II


Eu te vejo, mãe!
De dentro
da escuridão da mata,
no alto do morro
uma chama crepita!
No teu ofício de mãe
não dormes
e na tua gruta humilde
entre o perfume
das rosas e do incenso
vigias e estende
teus braços sobre mim
e sobre todos nós!
A cada filho,
um cuidado único
porque tu sabes
a dor de cada um,
(real ou imaginária)
a necessidade,
o tamanho
e a intensidade
do abraço!
Mãe!
A luz que brilha
sinalizando
tua presença,
teu olhar sobre nós,
suaviza o ritmo
do meu coração
e não me sinto sozinha!
O teu amor
me acolhe e me
enlaça e o  teu laço
enlaça o outro,
também teu filho,
meu irmão.
Eu apaziguo 
neste teu abraço!

 

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2025, 16o aniversário do Blog! Pulei 2024, ano dos 15 anos. Aconteceu sem intenção. Retomo, agora, este espaço e esta escrita e me preparo para metaforizar silêncios e ausências. É o que eu gosto.

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