terça-feira, 16 de julho de 2013 | Filed in:
O
maior de todos que eu já vi, com mais de duas mil peças! Uma figura lindíssima
para ser montada e todos aqueles pedacinhos parecidos... que exercício grande
de centramento, reflexão, atenção, paciência e perseverança para encontrar,
reconhecer os encaixes corretos, perfeitos... afinidades pela cor, outras pelas
formas do desenho, outras pelos detalhes! E dedução e intuição. Partes,
detalhes, foram, aos poucos sendo revelados... mas lá, num determinado espaço,
faltou uma peça. Continuamos avançando em outros pontos e aqui e ali e lá foram
aparecendo outros espaços vazios que produziam tensão, até mesmo angústia...
mas nada de encontrar aqueles elos singulares. Um literal “quebra-cabeça” neste
intento! De quando em quando, foi preciso parar, comer ou beber algo,
descontrair, focar outra coisa, relaxar, para então retomar e prosseguir.
Impossível desistir, no entanto!
Chegamos a uns 80% do trabalho realizado a dez mãos, até ali e, em dias
diferentes. As peças que faltavam e que estavam sendo consideradas como
perdidas, foram encontradas, uma, inclusive, embaixo do sofá! Um dia destes, as
mesmas ou outras mãos, irão concluir a obra. Não dá para ter pressa; como já
disse, é preciso calma, persistência e paciência. Naturalmente, enquanto
procurava as peças adequadas a cada situação, percebi a grande semelhança com a
vida: a mesma busca, no cotidiano, por respostas e atitudes que se encaixem e expliquem
os enigmas, as incógnitas, os vazios e todos os demais ingredientes que compõem
os quadros, as figuras, as fases, os momentos da vida... percebi o meu especial
e particular quebra-cabeças interligado a tantos outros e a nós, todos, dentro
de um imenso e fantástico e único quebra-cabeças, que não dá, de forma alguma,
para decifrar sozinhos e, muito menos sem antes, encontrar as peças
fundamentais do nosso quebra-cabeça pessoal... cada peça única e
insubstituível; exigindo muita atenção; pois algumas são muito semelhantes e
por vezes, afoitos e impulsivos nos enganamos, nos deixamos iludir pela
aparência e pela alegria do encontro, mas o encaixe não é perfeito! E enquanto
não encontramos a perfeita, a exata, o trabalho não anda, não flui; tudo fica muito confuso; perde-se tempo,
energia... mas que alegria quando percebemos o engano, tudo se encaixa
novamente e esta conquista impulsiona, anima, fortalece e enriquece a
continuidade da busca... lindo isto!!!!
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