Amigas

Queridas!
Cada uma, uma!
Cada jeito, do seu jeito!
Pequena, jovem, adulta...
Filha, mamãe, vovó!
Fases deste feminino
nosso, de cada dia,
que nos faz “apaixonar”,
confiar, “pegar junto”,
desistir, teimar,
duvidar e se entregar!
Descompensar e logo
suportar o insuportável!
Na gangorra do cotidiano 
dramático e encantador,
nos vejo chorar de alegria,
e rir, disfarçando dor...
... enfeitando o mundo
com um fazer minucioso,
cabelos e roupagens,
sedução, doçura e beleza!
Com o verbo! Com garra,
vontade e inteligência
e com os mais lindos adornos:
os sonhos, a fé e
os filhos saídos de nós!
Ah! Também  vejo
agonia e culpa, quando
fora do nosso lugar.
Vejo os desdobramentos:
“mil em uma”,
para dar conta de tudo
e de tanto”!
E, num outro momento
“uma em mil”,
na fila, esperando
olhar, reconhecimento
acolhimento...
Nos vejo de cabeça erguida; justas,
seguindo em frente,
sustentando lágrimas,
peso, ideais, sonhos, escolhas, funções,
numa labuta sem fim
de escolhas e renúncias
entre o fazer e o ser;
cuidar e desapegar,
fugir ou abraçar!
Nem sempre seguras,
mas sempre guerreiras!
Por vezes,
passando do ponto,
fugindo do ponto
e, finalmente,
enfrentando o ponto,
tentando acertar o passo.
Queridas!
Que através de nós,
o sol brilhe
a ternura não se apague,
a doçura não morra,
o respeito se propague!
Que por nós, a melodia,
a beleza, as histórias,
a sutileza e a poesia, 
permaneçam, vivas,
no verbo e na memória!
Que o abraço seja apertado
a paciência não corra,
a tolerância não se perca,
o mundo tenha esperança,
o essencial, seja cultivado!


Carinho imenso por vocês!

 

2 comentários:

Luna disse...

Lindas palavras, emocionante!!

Maisa Schmitz disse...

Obrigada, querida Luna!


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2025, 16o aniversário do Blog! Pulei 2024, ano dos 15 anos. Aconteceu sem intenção. Retomo, agora, este espaço e esta escrita e me preparo para metaforizar silêncios e ausências. É o que eu gosto.

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