sexta-feira, 11 de setembro de 2015 | Filed in:
Foi uma correria! O ladrão levou uma
série de vassouradas; mas não estava disposto a largar a Magali, a mais frágil.
Mas teve que largar! Para sobreviver. Fugiu, protegendo-se na escuridão da
mata.
Brigite e Xoxô, em coro cacarejavam seu
medo! Magali, desfalecida, passou a madrugada
numa caixa. Nós? Esperamos o dia amanhecer, intranqüilos.
Sexta-feira é dia de faxina. Decidi
investir no meu afeto e no que acredito; alternei a lavação infindável de coisas com minutos de encontro com
a sofrida galinha. De cinco ou de dez em dez minutos, conversava com ela,
passava um reiki, fazia um carinho. Na primeira e segunda vez, nada de
resposta: quietinha, cabeça caída; sem energia. Minha sensação era de
frio. Mas na terceira vez, um calorzinho
instaurou-se entre nós e ela ergueu a cabecinha, com um esforço e ouvi um...
- Cócócó... – fraquinho!
Assim, de pouquinho em pouquinho foi me
contando daquele momento de pavor. E a energia começou a fluir pelas minhas
mãos e eu senti a vida pulsar novamente e o desejo dela, de viver, crescer!
Nossa cumplicidade instaurou-se e eu tive certeza de que ela iria viver!
Começou a beber água e alimentar-se devagarinho, no dia seguinte. Outros
cuidados que vieram depois e a continuidade do reiki, recuperaram a Magali!
Ainda não está no galinheiro, com as
outras. Primeiro porque, após uma tentativa, as companheiras, não reconhecendo
a amiga, ou sabe-se lá porque outros motivos conscientes ou inconscientes das
galinhas, voltaram-se contra ela, enchendo-a de bicadas. E segundo, porque
ainda está “mancando”. Certamente sequelas ficarão daquele ataque inesperado,
violento. Concordamos, aqui em casa, que temos que planejar sua reintegração
gradual ao grupo.
E eu estou aqui, com metáforas
exultantes dentro de mim! A natureza tem suas leis. A galinha, o gambá, eu, você, temos o direito
de viver. Queremos viver! Muitos de nós, antes de viver, têm que se preocupar em sobreviver. Uns
sucumbem, outros avançam. Viver é bom, mas dá trabalho. Uns não se contentam
com seu espaço e ambicionam o espaço do outro... invadem, violam, machucam, nas
sombras ou em nome de dogmas, leis, justificativas, resistências, preconceitos,
intolerâncias, poder, moeda, ignorância. Uns não amadurecem e permanecem
infantis, egoístas, e não sabem ou não conseguem viver fraternalmente;
ajudar-se, proteger-se, acolher um ao outro. Só veem a si mesmos, suas
necessidades, sua dor, sua verdade, seu momento... Apesar de todas estas
constatações que habitam dentro e fora,“metade de mim”, feliz, segue! Cada dia mais
observadora, atenta, percebendo e aprendendo sobre esta energia extraordinária,
que é a energia vital, o reiki.
Observando, sentindo e aprendendo sobre esta fantástica energia do afeto. Ambas, de uma só vertente: a
poderosa energia curativa e transformadora do AMOR!
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