segunda-feira, 2 de maio de 2016 | Filed in:
Irresistível este amor bandido do gambá pelas galinhas, especialmente pela Brigite! Ela vem sobrevivendo a ele, ao contrário da Magali, Lola e Chochô; que lutaram, é verdade, mas sucumbiram. Brigite foi a primeira que chegou ao galinheiro e pelo jeito, será a última. Sobrevivendo, ela se fortalece, mas percebo que está cansada. De lutar e de ficar sozinha. Sente falta das companheiras e da companhia.
O ataque, à noite passada, foi
terrível. Acordamos com o seu cacarejar forte, desesperador! Era lá do outro
lado da casa, mas parecia que estava ali, ao nosso lado. Ela tinha certeza que
ouviríamos! Confiança construída.
O
vovô saltou, impulsivamente da cama, sem colocar agasalho e calçados
nos pés. Atravessou o escuro e se jogou no frio da noite, para dentro do
galinheiro, de uma altura de 1,50
cm ... Considerável, no escuro. Embora conhecesse o terreno,
como a palma da mão; a emoção poderia atrapalhar suas percepções... Mas ele foi
preciso!
O gambá estava com “a boca na botija”.
O embate foi épico! Isto testemunharam as bananeiras, o coqueiro, o vento, as
roupas no varal, em cima do galinheiro e a vítima, encolhida, paralisada junto à
cerca. O “herói” sexagenário e vencedor, após alguns minutos, emergiu das
sobras da noite... Teve misericórdia para com o agressor vencido, afugentando-o para dentro da mata. E encaminhou Brigite, sã e
salva, aos seus “aposentos”, dentro do galinheiro. Ela tremia, apavorada! Ele
limpou-se e, tranquilamente, voltou para o sono interrompido.
Quando o dia clareou o cenário, vimos os estragos: penas para todo lado e a Brigite... Ops!!! Sem rabo! O gambá
arrancara o seu rabo de penas!!!! Oh! Que lástima! Era tão lindo!!!!
A
notícia espalhou... houveram comentários entre os familiares, via internet e
uma visita, pela manhã. À noite, a pequena chegou, lupa em punho; muito séria:
- “Vamos investigar, vovô! Vamos achar o
rastro deste gambá e falar com ele”!
- Se vocês o encontrarem, o que vai
fazer? – curiosa, esta vó!
- “Vou dizer pra ele: - Pare de pegar
nossas galinhas! E vou perguntar por que ele tirou o rabo de penas da Brigite! Olha
só... agora ela ficou sem rabinho e está com frio, coitadinha! ... Vovó! Vovó! Vovó!!!!
Acho que eu sei por que ele pegou o rabo de penas”!!!
- É? ... Por quê?
- “É porque ele tem um rabo muito feio!
Acho que queria enfeitar com as penas da Brigite”!
Detalhes acertados, os dois detetives
mergulharam na noite fria, atrás do gambá; de bota, toca, cachecol, chapéu,
casacos e muita coragem. Para iluminar suas intenções, a lanterninha antiga...
Uma eternidade depois, retornaram. Serviço
feito mas não feito.
- “Não encontramos o gambá, vovó! Estava
muito escuro. Muito frio. Acho que ele não vai sair de casa, hoje... Mas eu
falei pra Brigite: - se ele aparecer, grita que a gente vem te salvar”! Hoje eu
estou aqui e vou ajudar!
Depois, preparando-se para dormir, numa
conversa “entre meninas”:
- Você foi muito corajosa andando lá
fora, atrás do gambá... mas também... com estas botas!
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