sexta-feira, 3 de março de 2017 | Filed in:
Adoro
ser surpreendida! Encontrar com o inesperado adorável! Ver surgir o maravilhoso
de onde não espero; especialmente quando estou sem expectativa alguma!
Assim
foi neste domingo de carnaval, em Floripa. Minha netinha fez amizade com umas
meninas, no condomínio; isto nos aproximou da avó delas. Ela, gentilmente,
partilhou e fez o convite: “vocês deviam levar a pequena ver o Bloco da
Bernunça”, ali em Coqueiros. É muito bonito e tranquilo para as crianças. Vamos
levar as nossas”... E nós fomos.
Improvisamos uma fantasia para nossa pequena e fomos, a família toda!
Ela adorou o lugar, os brinquedos e a neve artificial! Bah!!!! Delícia!!!!! Assim
como as outras crianças, curtiu muito explorar; se lambuzar com aquela meleca
geladinha!!!!!
Local
maravilhoso! Bem ali, indiferente ao movimento da avenida paralela; emoldurado
pela singeleza dos verdes, do azul do céu, do mar, das pedras e dos barcos ancorados... Observei
as pessoas chegando... adultos sem pressa; trazendo pela mão, no colo e nos carrinhos, suas crianças coloridas de alegria,
de fantasias e de curiosidade! Devagarinho todo mundo foi “se ajeitando” e
quando vi, a roda estava formada! Amo uma roda! Adultos, crianças, alguns adolescentes e
idosos; singularíssimos, partilhando espaço, acomodados na grama, atentos ao
narrador da história do BOI. Uma história cheia de magia, que repetida e sempre
nova, vem encantando olhos e corações.
Excetuando
o casal narrador, estilosos “manezinhos”, os demais atores eram crianças.
Crianças do bairro. Aliás, o Bloco é do bairro. Há um desejo, um empenho,
presente e visível, na comunidade, em preservar a memória, as raízes, a cultura
popular. A identidade.
Foi um
espetáculo belíssimo! Público e personagens interagindo alegremente; as emoções
alternando sem constrangimento! Palmas, risos, fotos... os adultos relaxados,
reencontrando a graça, na graça! Impressionou-me a quantidade de idosos
presentes e participantes, felizes! E as crianças! Umas empoleiradas nas
garupas e colos seguros de familiares; outras dançando com o boi; jogando
capoeira com os macacos, dando as mãos aos demais personagens ou sendo
“engolidas de mentirinha” pela Bernunça!!!! Todas presas na teia da magia
instaurada, um misto de curiosidade, medo, desafio, fantasia e realidade.
Espetáculo
findo, todo mundo indo embora tranquilamente, sem atropelos; pegando uma última
pipoca; uma última escorregada no escorregador; último pulo na cama elástica;
um último sorriso ao outro, um conhecido ou desconhecido próximo. Festa com
tempo limitado. O suficiente para ninguém cansar, extrapolar. Suficiente para
convocar a genuína alegria, aproximar afetos, aprofundar laços, alimentar a
vida com alimento orgânico.
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