domingo, 14 de janeiro de 2018 | Filed in:
Cansei
das asperezas,
dos
espinhos,
das
agulhadas.
Desejo
o frescor da brisa da manhã,
e
a suavidade do voo das borboletas!
Cansei
da pressa dos dias úteis,
da
ansiedade e rigidez das horas.
Anseio
pela quietude e
sabedoria
dos hiatos,
pela
trégua entre as diferenças que não se aceitam.
Cansei
da animosidade,
das
desconfianças,
dos
“pitacos”,
das
respostas prontas;
da
acomodação dos inconsequentes
sugando
tolerância, paciência,
iniciativa,
esforço, boa vontade
e
o fruto do trabalho do outro.
Cansei
da ignorância,
do
não olhar, não refletir e só seguir...
Anseio
pela leveza de um olho no olho;
pelo
pouso e decolagem
tranquila
e segura,
no
tempo do outro, no espaço do outro!
Cansei
da impotência diante da má educação,
da
arrogância, da fraqueza,
da
hipocrisia, do egoísmo,
da
mentira calculada,
da
infantilidade boçal
dos
que não são crianças.
Anseio
pela leveza de um: bom dia!
Um
cuidar da sua vida.
E
só!
Cansei
da verborreia!
dos
complementos,
das
orientações,
das
manipulações
dos
que sabem tudo;
dos
que se sentem melhores,
donos
da verdade.
Anseio
pelos improvisos,
pelos
inusitados,
pela
curiosidade e encanto
dos
que não sabem!
Cansei
dos desencontros
dos
conceitos, dos significados.
Anseio
pelas metáforas!
Cansei
das palavras certas,
do
óbvio,
da
mesmice.
Anseio
pela espontaneidade
e
leveza das entrelinhas!
Pela
cantoria dos que desejam
e
sonham!
Pela
dança suave das palavras não ditas,
inspirando
arte,
conhecimento,
generosidade,
e
poesia...
Anseio
pelos mistérios
das
coisas que se tocam,
brilham,
aquecem,
criam,
se acarinham
e
deixam marcas.
This entry was posted on 12:00
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1 comentários:
Que fadiga revigorante estas palavras! rsrsr
Dá para ler, reler e ler novamente!
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