segunda-feira, 21 de janeiro de 2019 | Filed in:
De repente,
o buraco negro.
Tudo esvazia
de forma
sentido
e gosto.
Desenlaçando
os laços,
o corpo
é um fardo;
a alma,
errante.
Não há nada
aqui, ali
e nem dentro.
Um mergulho fundo
no silencioso
caos interno,
adormecimento.
A brisa da manhã
vai produzindo
alento... mas
por quanto tempo?
sábado, 19 de janeiro de 2019 | Filed in:
O
sorriso lindo,
doce
e exibido
de
uma alamanda
amarela...
espontânea
e
tão, tão bela;
único
e suficiente,
resgata
meu olhar!
A
vida se “destapa”
e
sinto, então
o
frescor da manhã
colorida
de luz, tons,
cheiros,
sons,
convites...
Ah!
Torno a desejar!
terça-feira, 8 de janeiro de 2019 | Filed in:
Bom
ser
como
se é;
não
ser limitado
pela
ação do outro:
seu
desejo
ou
rejeição.
Bom
experimentar
espaços,
superfícies, roupas,
personagens...
Bom
descobrir talentos
e
gostos, sabores
que
nunca aflorariam
se
não houvesse
a
possibilidade
de
curiosar, ousar!
Sentindo
e imaginando,
por
pouco que seja,
o
que é ser o outro,
a
gente respeita melhor.
O
sr inseto que o dia, hoje!
quinta-feira, 3 de janeiro de 2019 | Filed in:
Era só
um menino...
Estava
com uma
arma na
mão
em frente
da sua casa,
no
portão.
Conversava
com outro menino
e com uma
menina.
Estufava
o peito e ria!
Fazia
mesuras,
apontava
a arma pra
menina,
pro
menino, não.
Ria e
apertava o gatilho.
O que
saía, não sei não,
mas a
menina mudava de lado,
desconfortável:
- Para
com isto! Que chateação!
Ele não
parava:
empoderado,
insistente,
ria e
apontava a arma
só pra
menina,
pro
menino, não!
Mas era
tudo brincadeira!
A arma
era maneira,
só de
matar passarinho!
Matar
bichinho,
"que
é que tem", né?
Era um
menino que ria,
uma
menina acuada
e outro
menino que fingia
que nada
de mal, ali havia.
Crianças!
Três crianças
reproduzindo
com maestria
o mundo,
os valores,
atitudes
dos adultos:
um
exercitando poder;
outra, a
submissão
e o
outro, a alienação.
Parei e
olhei nos olhos deles.
Olhei
fundo.
O menino
com a arma na mão
não se
envergonhou,
sustentou!
Havia um
vazio, ali.
A menina
baixou a cabeça.
Havia
medo.
O outro
menino lavou as mãos
e se
afastou.
Havia
indiferença.
Em
seguida,
o grupo
dispersou.
Meu
coração,
tamanho
assustamento,
acelerou,
inquietou;
meu pelo,
arrepiou!
Lamento
tanto,
que dói.
terça-feira, 1 de janeiro de 2019 | Filed in:
Ciclos.
Fases.
Círculos.
Intersecções. Vida.
Cada
um com seu tempo,
demandas,
desafios.
Num
suspiro
mudou
a hora,
um
algarismo
e
era 2019!
O
dia amanheceu
faceiro
e interrogativo:
-
E aí? O que vai ser?
O que vai querer?
Nós?
Acordamos os mesmos!
Mas
não iguais.
Naqueles
milésimos de segundos
da "virada"
ficamos
acrescidos
de
desejos,
sacudidos
pelo ímpeto visceral
de,
mais uma vez,
ser
e fazer diferente,
ou
igual, ou inusitado...
Mas
ser feliz!
Fazer
mudanças,
sonhar, experimentar, realizar!
Construir
intimidade
com
o cotidiano,
lidar
com a dor, a perda, os limites;
aproveitar
o simples,
valorar
o que está sempre ao lado!
Viver
a vida!
Viver
a vida!
Compreender
os enigmas,
as
pegadinhas,
os
presentes,
os laços,
as
faltas e
seus
significados.
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