A vida dos rios "por um fio"


   
    
O rio agoniza!
Dentro dele,
a vida engasga,
sufoca.
O rio sofre.
Se debate, agita,
não consegue
fugir, se proteger!
O rio sangra!
Atropelado, atropela;
se corta, se rasga
derruba e machuca.
Desesperado,
o rio não respira mais,
não aguenta mais e
se afoga na lama.
O rio morre.
No seu leito de morte
não está só.
Ao redor, desolação.
É mais um filho tombado,
ferido, que a
Mãe Terra
carrega em seus braços...
num silêncio desesperador...
É o silêncio gritante
de mãe que
não aguenta mais
a violação, as perdas,
a extinção, a humilhação,
a morte
dos seus queridos.
(Imagem da internet: rio Paraopeba, MG)

 

1 comentários:

sarita disse...

É verdade Maísa,até quando vamos ver esses desmandos na natureza....fico pensando nessa nossa geração que não terá mais a oportunidade de tomar um belo banho no rio....bjos..parabéns por mais esse texto essa poesia maravilhosa....


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2025, 16o aniversário do Blog! Pulei 2024, ano dos 15 anos. Aconteceu sem intenção. Retomo, agora, este espaço e esta escrita e me preparo para metaforizar silêncios e ausências. É o que eu gosto.

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