segunda-feira, 29 de abril de 2019 | Filed in:
Olha
o
vaivém do
homem
do algodão doce...
-
Fon, fon!
No
domingo introspectivo,
geladinho
e choroso,
fugindo
da garoa fina
pisando
descuidado
nas
poças de água fria.
Lá
vai ele!
Lá
vem ele!
-
Fon, fon!
Apressando
o passo
para
alcançar
o
desejo do menino:
-
Quanto é moço?
-
Fon, fon!
Olhos
se alumiam
de
contentamento;
outros
olhinhos
piscam
sem parar,
de
puro encantamento
e
moedinhas tilintam
escapando
do bolso
de
um
pra’s
mãos do outro...
-
Péra aí, moço!
Tá faltando moedinha...
Mãe! Manhê!
-
Fon, fon!
Vem
de lá, moedinha!
Vai
pra lá, algodão,
empacotado
e docinho...
Troca
justa e nervosa,
de
pura emoção:
-
Quero o amarelinho!
-
Fon, fon!!!
Ah! Prazer tem nome,
cor,
textura e sabor!
Interessa
se é domingo,
se
é segunda?
Se
tem poça d’água na rua
movimento
ou
soneca geral?
Claro
que não!
Tem
sonhador na rua,
tem criança no quintal?
tem criança no quintal?
Tá
feito
o
encontro perfeito
que
adoça e
esperança um momento!
- Fon, fon!
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