sexta-feira, 18 de abril de 2014 | Filed in:
Dá-nos
solidariedade na dor;
nos momentos
de intensa solidão
e de travessia pelas
noites escuras e sombrias
da desconfiança e da
maledicência;
do medo e da insegurança,
injustiça e do desamor;
do desamparo e da
indiferença;
da intolerância e do
preconceito
da insônia e da dúvida;
da intriga e da
insensibilidade;
da frieza e da violência;
da incerteza e da
ignorância;
da falta de escuta e falta
de palavras;
da economia de afeto,
esbanjamento de
intolerância;
consumo dos supérfluos
e
incentivo ao desrespeito.
Dá-nos
um abraço, colo, força!
Ensina-nos
sobre entrega,
sabedoria,
humildade,
amor
e generosidade.
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Tão bom estar
ao redor da mesa
entre os amigos.
Estar na vida, no mundo
entre os iguais.
Não para sofrer,
Tampouco magoar.
Sim para
partilhar, celebrar!
Aprender junto,
segurar na mão,
olhar no olho,
confiar na palavra,
reconhecer o erro,
Contemplar e refletir.
Perdoar, enxugar lágrimas;
dar colo. Ser agradecido.
Semear afeto,
cuidar e recomeçar,
sem medo de acreditar.
terça-feira, 15 de abril de 2014 | Filed in:
O
ritual de casamento
envolve
uma
maravilhosa
simbologia!
É
rico em metáforas!
E
metáforas têm a ver
com
poesia,
e
poesia com amor,
e
amor, com este momento!
Celebramos,
aqui,
um
enlace!
O
enlaçamento de dois...
dois
seres
singulares
e belos!
Com
os quais,
todos
nós temos
algum
laço.
Estamos
todos aqui,
enlaçados
pelo
carinho
que dispensamos
à
Lúcia, ao Gustavo
e
seus familiares.
É
assim: uma magia!
Todo
encontro
produz
um nó
onde
se misturam energias,
aromas,
sensações,
impressões
e sentimentos.
A
conseqüência do nó,
é
o laço.
O
laço adorna o nó!
O
nó fica na essência
e
o que aparece é o laço.
Quanto
mais caprichado,
o
nó,
mais
bonito é o laço!
O
nó não pode ser
muito
apertado
porque magoa,
sufoca,
mata.
Também
não pode
ser
frouxo;
porque
aí,
não
produz efeito
nem
presença, nem beleza,
nem
sentido!
Nó
fraco, não se sustenta
e
não sustenta o laço!
O
nó precisa ser firme
e
delicado
como
uma carícia!
O
suficiente para a gente
sentir
e vibrar!
nunca
para machucar!
Suficiente
para permitir
a
passagem do ar,
do
afeto, da dor, das diferenças
e
da liberdade...
arejando
pensamentos, sentimentos;
modelando
e embelezando
o
laço!
O
maior de
todos
os mestres
ensinou
que o maior mandamento
é
o amor!
E
outro grande mestre
ensinou
que no amor
sempre
há um que ama mais
e
outro que ama melhor...
Que
os nossos laços, hoje,
de
amizade, fraternidade,
de
respeito e de amor
se
afaguem, estreitem
e
se renovem!
Aqueles
de nós
que
amam mais
continuem
amando
cada
dia mais!
Aqueles
de nós
que
amam melhor
continuem
amando,
cada
dia melhor!
E
num gigantesco
laço
de afeto, todo nós
abençoemos
este
laço de amor
reafirmado
e assumido, hoje,
por
estes nossos queridos:
Lúcia
e Gustavo!
| Filed in:
Guilherme Schmitz
Dias e noites
moldando
modelando
traços
e formas.
Claro! Só ele!
Cúmplice do afeto,
dos detalhes
e das essências!
Mãos amigas
de irmão
companheiro!
Parceiras do olhar!
Olhar que captura,
recria corpo
sentimento!
Movimento
de olhar
de mãos
de abraço;
de carinho
e cuidado
de carinho
e cuidado
eternizando
o laço! quarta-feira, 19 de março de 2014 | Filed in:
Uma filha,
uma netinha!
Mistura
de tantos “ontens”
vidas vividas
mal dormidas,
bem cumpridas!
Luta e suor,
entrega,
silêncios, buscas
e tanta alegria,
tanto laço,
tanto nó!
Mistura de gens
expectativas
esperas
momentos
suspiros...
Aqui, ali,
de cá e de lá...
Olhos,
sangue
pele
dores
e amores!
Tiques e senões
fatalidades
penações.
Belezas,
Tantas!
E singularidades.
Pequenos e
grandes feitos.
Ah! Tantos jeitos!
Ah! Uma filha,
uma netinha!
Um perfeito encontro
de perdão e
reconciliação.
Promessa de continuidade
e de enfim;
aqui e agora
ou um dia,
lá frente,
felicidade!
sábado, 8 de março de 2014 | Filed in:
Brincava com minha netinha. Ela, mamãe da boneca
“Mali” e eu, a vovó das duas. Lindinho demais como ela segura a boneca nos
braços e canta: “nana nenê... que a Cuca vem “pegá”, papai foi na “óça”,
mamãe foi “tabalhá”... fecha os olhinhos e bate, de levinho, amorosa, nas
costas da boneca... e olha pra mim e faz: “sch...sch vovó”, com o dedinho nos lábios!
"Ela tá “dumidu”.
No sofá da sala haviam almofadas. Ela deitou a
boneca Mali numa das almofadas e continuou ninando... daí, quando achou que ela
já estava dormindo, de fato, foi buscar algo no seu quarto. Eu, que estava
sentada no sofá, peguei a boneca no colo e continuei ninando. Ao me ver fazendo
isto, veio pertinho de mim e disse, muito expressiva e séria: - “Não, vovó!
Não podi pegá”.... Acho que demorei um pouco para me aprumar e ela deve ter
pensado que eu não iria devolver! Então repetiu: “não pega, vovó!
"Respeta" mim"!
“Respeta" mim”! Uma pequenina que ainda
não tem dois anos, falou isto para mim, hoje! E com propriedade, num contexto
adequado.
Depois, voltou para o quarto, anunciando que ia “colhê
uma opa” para vestir. Fui “espiar”. Abriu uma das gavetas do armário
e tirou tudo que havia, espalhando pelo chão. Quando me viu, falou: “que
baguça”! E, ato contínuo, começou a juntar e recolocar na gaveta. Ao
concluir (tudo amontoado na gaveta), completou: “aumô tudo”! “Agora,
qué icová denti i passá baton”, vovó”... e riu seu sorriso maroto,
apontando para o lugar onde estavam a escova de dentes, o creme dental (que
ama!) e o batom “ósa” da vovó!
Muito mais do que só me encantar com o que ela
fazia e falava, fiquei introspectiva. Esta consciência de reivindicar respeito
para comigo, desenvolvi somente depois de adulta, à duras penas. Sendo que
expressar em palavras, assim como ela, ainda hoje, não é tão simples quanto
pensar ou escrever. Meu coração palpitou forte, porque ver um ser humano
apropriando-se da palavra, usando-a para interagir, proteger-se e demarcar
limites, é tudo de bom!
Escutei, atenta, as palavras ditas com doçura e
firmeza. Surpresa e emocionada, guardei bem no fundo: “respeta" mim,
vovó”! Antes dos dois aninhos! Uma pequena mulher, já cativada pela
"maternagem" e por coisas do prazer e fazer feminino! Mas de outro
jeito que a bisavó, que a vovó e, também que a mãe. Uma percepção bem singular
de si mesma, do seu desejo e do seu lugar. E que precisa de acolhimento,
escuta, maturação.
Oh! Pensei no quanto ou quantas mulheres ainda têm
que aprender e lutar e gritar "me respeita"! Pensei na delicadeza que
temos que ter no trato com estas pequerruchas como ela; que potencializadas,
vêm desabrochando... fortes, decididas, num mundo ainda bastante machista, preconceituoso,
frágil e inseguro. Não “passar do ponto”: nem além, nem aquém. Trilhar, com
elas, sim, o caminho do respeito e do afeto. Sem a marca dos ranços, medos e
peso do passado distante e, infelizmente, também próximo; sem a arrogância das
conquistas; sem os extremos da repressão ou da permissividade; sem as
hipocrisias; sem repetições. Um caminho novo! De afeto, sim! E de muita escuta e valor a todo “respeta"
mim”....
terça-feira, 4 de março de 2014 | Filed in:
Imagem de Elcio Limas
Abro os olhos.
A cortina da noite
dilui-se nos braços da
aurora...
e as cores do dia...
Ah! Estas me sorriem!
E me encabulam!
Porque me veem
assim, acordando,
despida de reservas
e cuidados, entregue.
E elas bailam
e brilham, e brincam
no céu da manhã suave.
E me chamam!
Meu corpo, tímido
enlaçado por esta alegria
que compõe e
decompõe cores
no alto e no horizonte,
vibra! Ensaia movimentos.
Carinhos e contornos
que se enlaçam
cheios de beleza,
na essência do dia.
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