segunda-feira, 29 de março de 2010 | Filed in:
Há quanto tempo não ficava assim... ouvindo o silêncio do mar, presenteando os olhos com a infinitude e alimentando a alma com a beleza do entardecer que se entrega com gratuidade, respirando ritmada e pacienciosamente. Aos poucos entro em sintonia com esta respiração e tudo em mim aquieta e se e entrega. Nada de correr. Nada de responder. Nada de resolver. Nada de fazer. Apenas me sentir, conversar comigo mesma, cuidar desta que eu sou; assim como parece fazer a gaivota solitária, à beira da praia e o barco, lá na linha do horizonte, ondulando nostálgico, esquecido das horas. Como é bom este encontro íntimo com as coisas que se gosta! Por vezes, parece que no cotidiano eu me atropelo e fascino diante dos inúmeros afazeres, me perco, fico à deriva e à margem daquilo que clama e urge, dentro! Relegando a segundo plano o que precisa e merece estar em primeiro. Que delícia a solidão preenchida quando contemplada nas suas reclamatórias de espaço e de tempo! Tanto quanto a cumplicidade de mãos que se enlaçam para partilhar amor.
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