domingo, 24 de abril de 2011 | Filed in:
E hoje é domingo de Páscoa.
Cheiro de vó,
gosto de mãe,
sons da infância
mágicos e incompreensíveis.
Imagens doces do
“ ninho” cheio de palhas,
dos ovos cozidos, pintados,
da surpresa! Do inesperado!
Onde estaria escondido,
o “ninho”?
O que haveria dentro?
Esta era a magia:
o não saber,
o esperar,
o imaginar. O procurar.
Por isto gosto tanto da palavra “ninho”. É mais bonita do que “cesta”. Mais profunda. De maior significado. Cesta é depósito. Bonita, mas artificial, fria, a gente pode comprar, objeto. Ninho a gente faz; é lugar preparado de dentro pra fora com o conteúdo da gente, a cara da gente, a energia da gente. É lugar quentinho, amoroso, acolhedor. Um útero, um colo, um abraço. Pode ser uma casa, um lar. Um altar! Hoje crianças, adultos compram, recebem, escolhem "cestas" e o que vai no seu interior; mas é porque, tristemente, perdemos ou abandonamos muitas palavras e o seu significante. No fundo, se soubessem como expressar, pediriam um “ninho”, porque, salvo exceções, é sempre um ninho que a gente quer... um ninho! E tudo que ele pode representar para cada um, em qualquer momento da vida.
This entry was posted on 11:15
You can follow any responses to this entry through
the RSS 2.0 feed.
You can leave a response,
or trackback from your own site.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
0 comentários:
Postar um comentário