segunda-feira, 31 de dezembro de 2012 | Filed in:
De
forma aparentemente casual, neste finalzinho de ano reencontrei com duas
melodias que produziram marcas fortes, num tempo que já passou. Lindísssimas!
Embora este conceito seja subjetivo. De alguma forma isto me desestabilizou. A
música não tem fronteiras, mostra e atualiza tudo. Importante voltar para fazer
uns curativos, entrar em contato com o que ainda não está visto ou curado para ver
e curar e não desestabilizar num outro momento; desassociar de lembranças (se
isto é possível, quando se diz que a música que nos toca faz parte de nossa
identidade...) e apenas saborear a beleza e harmonia dos sons! Estou me
permitindo ficar “lá” ainda mais alguns momentos... Desestabilizei justamente
por isto, porque me trouxeram ou levaram para perto de momentos significativos, que
vejo, estão bem vivos lá naquele momento da vida. Eu me distanciei deles;
organizada, agora de outro jeito; com outros conteúdos, roupagens e aparência... e eles estão lá,
como eram... e não tem como juntar o
tempo; embora tudo, realmente ainda faça parte da minha essência. Estou
sensível a isto e com isto, mexida por inteiro e acredito que é bom e vem num
momento bom. Iniciar um novo ano sempre é um convite a mudar, transformar.
Muitas revisões e mudanças, entendimentos e acordos que precisam ser feitos no
aqui e agora, para serem verdadeiros, precisam de fato, serem feitos um pouco
mais atrás, lá onde podemos estar amarrados, sem consciência. Assim renovo meu
amor à música e à poesia, porque me acolhem e me dão asas para deslizar, voar, para
dentro e para fora, para o fundo e pelas superfícies, permitindo este encontro
sempre mais estreito e bonito (mas não isento de mau tempo!) comigo mesma e,
por conseqüência, com o todo e cada um. Música e poesia, luz, fogo ardente,
renovando todas as coisas e deixando sempre um horizonte claro e luminoso à
frente: A VIDA
É BELA!
domingo, 30 de dezembro de 2012 | Filed in:
Acontecimentos...
ondas ininterruptas
sobre o presente,
alternando intensidades,
ternura e fúria,
afetos e invejas,
egoísmo e compaixão,
alegria e medo,
o individual e o coletivo,
proximidades e distâncias...
O que estava atrás ou junto
com os brilhos da festa?
E dos trabalhos todos,
cantorias e poesias?
E dos aplausos
e abraços e encontros
e palavras de agradecimento
e de afeto,
profundas e espontâneas?
E dos sorrisos?
E das visitas que chegam?
E das ausências e mal entendidos...
e das palavras não ditas...
e das asperezas e mágoas?
E dos apegos e
dos desejos bloqueados,
palavras trancadas,
atos contidos e censurados....
e das saudades recentes
e antigas, tão antigas...
brisas, ventos, palavras,
encontros, músicas,
momentos intensos que
passaram e não passaram...
tudo é passado e tudo é presente....
tudo sem absoluto sentido
e tudo tão completamente cheio de sentido!
Acontecimentos!
Ondas que
ininterruptamente
se jogam sobre
o presente...
trazendo, desmanchando,
abrindo ou levando
castelos, projetos,
suportes, esperanças,
saudades, ideias,
vontades, laços, nós...
Fica o que está forte
tem raiz e substância.
Fica e fortalece.
ondas ininterruptas
sobre o presente,
alternando intensidades,
ternura e fúria,
afetos e invejas,
egoísmo e compaixão,
alegria e medo,
o individual e o coletivo,
proximidades e distâncias...
O que estava atrás ou junto
com os brilhos da festa?
E dos trabalhos todos,
cantorias e poesias?
E dos aplausos
e abraços e encontros
e palavras de agradecimento
e de afeto,
profundas e espontâneas?
E dos sorrisos?
E das visitas que chegam?
E das ausências e mal entendidos...
e das palavras não ditas...
e das asperezas e mágoas?
E dos apegos e
dos desejos bloqueados,
palavras trancadas,
atos contidos e censurados....
e das saudades recentes
e antigas, tão antigas...
brisas, ventos, palavras,
encontros, músicas,
momentos intensos que
passaram e não passaram...
tudo é passado e tudo é presente....
tudo sem absoluto sentido
e tudo tão completamente cheio de sentido!
Acontecimentos!
Ondas que
ininterruptamente
se jogam sobre
o presente...
trazendo, desmanchando,
abrindo ou levando
castelos, projetos,
suportes, esperanças,
saudades, ideias,
vontades, laços, nós...
Fica o que está forte
tem raiz e substância.
Fica e fortalece.
sábado, 29 de dezembro de 2012 | Filed in:
Amo
tanto estas combinações
de letras,
sons...
e os
seus encontros!
Suas
formas e essências!
Me
apaixonei por elas
no
primeiro olhar
e o
enamoramento de lá até aqui
só
cresceu! Elas me fazem vibrar
pulsar,
encantar, refletir,
compreender
e recomeçar!
Eu as
li, escrevi e
reescrevi
tantas e tantas vezes...
Direcionando-as
a todos os cantos
onde me
levaram tantos encantos!
Tantas
copiei, inventei, transformei..
Algumas
delas amei tão fundo
que
vesti, assumi
me
enfeitei e à vida, com elas!
Outras
machucaram demais,
e
rejeitei, esqueci, resisti,
ignorei... mas,
afinal aceitei!
Com
infintas, me deliciei!
Como em tudo, uma
exceção:
há uma palavra,
a que eu
mais desejei e admirei,
que mais
esperei...
outono
atrás de outono...
tanto
que por vezes, desorientei!
Não
chegou,
não li,
não
ouvi.
Não
virá.
De tanto
não ouvir
ficou
difícil pronunciar,
e
registrar... ficou rara, especial!
De
especial, ficou sagrada,
e
sagrada, depositei num
altar
e lá
está ela!
No alto
e no fundo,
linda e
impronunciável,
mas íntima
e
próxima
como
respirar
olhar,
pensar
e
inspirar.
sexta-feira, 28 de dezembro de 2012 | Filed in:
Cedinho,
caminhando pela rua ainda silenciosa de
gente, centrada na cantoria da passarada, fui abordada, gentilmente, por uma
senhora: - “quer uma palavra de Deus”? Estendi a mão e peguei um papel. Eu adoro palavras e, se vem de repente, uma de
Deus, então!!! Na verdade, eram duas palavras: AGUENTA FIRME. Eu não gosto
da palavra agüenta quando ela sugere passividade. Mas quando indica força,
perseverança, paciência, sim. Tenho intimidade com todas estas conotações e por
isto a manhã ficou diferente, depois deste encontro, com os pensamentos que
ganharam vida... Viver é dicotômico. Extremado. Sentimentos, pensamentos, impulsos,
percepções... manter a ordem, o equilíbrio, é estressante; especialmente nos
encontros com o outro, também um mundo assim, como o meu: dicotômico e
extremado! Manter a ordem, o equilíbrio nas relações, é exigente... tantas
diferenças, tantas semelhanças! Sutilezas, melindres, detalhes, tons e o quanto
cada um coloca de importância, valor, cuidado, egoísmo e generosidade, na relação.
Quanto cada um sabe e está preparado para dar e receber, renunciar e doar. E
quer fazer isto. Alguns só aprenderam receber; outros só dar. Outros só
aprenderam dar com condições. Outros a receber com egoísmo e superioridade.
Outros não dão porque não receberam, não sabem e não têm nada para dar... Às
vezes não há mesmo nada para dar, nem para esperar receber. Às vezes não vale a
pena dar e nem receber. Nem investir e nem aguentar. Muito menos aguentar firme! Aguentar firme, acredito, é manter a vida (cuidar), não esmorecer, não perder a dignidade, nem
o sonho, nem o norte. Cheguei em casa e vi que um beija-flor se debatia,
desesperado tentando achar uma saída, prisioneiro dentro da minha sala, embora todas as janelas estivessem abertas. Eu
disse a ele: - “aguenta firme”! Com
tempo, esforço e jeito, consegui conduzí-lo em direção às janelas, quando ele,
então, libertou-se, refugiando-se na mata... certamente aliviado e um pouco
mais advertido!
quarta-feira, 26 de dezembro de 2012 | Filed in:
Gogo, 2012
Quantos caminhos, quantos sonhos, que infinitude de
coisas passam pela cabeça e pelo coração quando nasce um bebê... é um momento
mágico que fortalece o ser da gente! Junto com a grande responsabilidade pela
vida de uma criaturinha totalmente dependente e indefesa (que mexe
profundamente com as questões internas dos adultos, questiona tudo sem ter
consciência disto e demanda atenção e cuidados o tempo inteiro...), nasce uma
força espetacular, dentro! Momentos ímpares onde se experimenta grandeza,
segurança, alegria! Profunda alegria pela vida que continua e se apresenta
cheia de possibilidades! O novo que encanta, que provoca, cutuca o medo e o
desejo, o sonho de ser e fazer em nome de... Gerar um filho, gerar um neto a
partir de um filho, um bisneto a partir de um neto é um feito! Um grande feito.
Que vai do medo e da impotência mais apavorante a mais absoluta ternura e
capacidade de doar e servir! Esta
continuidade da vida, este prolongamento da gente mesmo, no outro; estes traços
e laços que se vão constituindo nos rostos, nos jeitos, no tempo e no espaço é algo fantástico! É a
possibilidade de refazer, de mudar, reaprender ou aprender diferente; de conhecer os outros caminhos que não se
trilhou. E de enxergar lá longe, onde o olhar da gente não alcança mais...
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Quantas coisas acontecem num dia...
quantos extremos
nos levam a experimentar
emoções fortíssimas,
deslizando rapidamente
pela gangorra dos sentimentos
e percepções,
provando dor e intensa alegria!
Inflando o coração
com estas contradições apaixonantes...
tão bom estar junto,
tão bom estar distante...
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Navegando
em ondas
que ora se debatem
em mar bravio
ora se entregam
a suaves calmarias...
Mesmas ondas,
grandes emoções
diferentes intensidades
ancorando em encontros
de alegria funda
ou em desencontros
de dor profunda...
| Filed in:
Capitulina, querida!
Decidi!
Seguir os passos do Filho Pródigo! Largar as ocupações e me ocupar comigo. Fui
caminhar na chuva! Tanto tempo que não fazia isto! Outro passo. Faltam outros,
mais significativos. Compreendo, após
muitas e tantas tentativas frustrantes, que algumas coisas na vida, podemos
mudar, transformar; escolher, ignorar, abandonar. Outras, não. São essenciais e
vitais e, mesmo assim, não do jeito que se quer, mas do jeito possível. Sem
estas, não dá para ficar. Ou dá, só que a qualidade da vida é ruim, insossa. O
deleite da alma nem sempre é o deleite da cabeça, do coração e muito menos do
ego. Minha alma anseia liberdade. A liberdade de se expressar e interagir com o
que ama e precisa; o que lhe alimenta. O que nem sempre está no convencional e
no rol das obrigações e responsabilidades do dia ou do meu papel; mas sempre
“às turras” com os conceitos de bem e mal, bom e mau, certo e errado;
produzindo, como se pode deduzir, um constante alternar entre o encantamento
e a inquietude. A sensação de estar e
não estar na chuva é impressionante! Caminhando ali, sentindo os “respingos”,
mas protegida pelo guarda-chuva, sozinha, com os sentidos todos em alerta,
senti minha alma deleitar! Vibrar! Na verdade é isto que acontece o tempo todo;
deve acontecer: não dá para misturar e diluir nas coisas; é preciso preservar a
individualidade e a singularidade. Há um tempo de estar e não estar e, estando,
não perder o foco, o que se passa. “Estar na massa e não ser massa”. É um
exercício. Estou mas não posso invadir, tomar posse; nem me assujeitar, me
deixar explorar, oprimir e comandar. Estou junto, mas não sou dona! Amo, mas não
posso impor! É bom estar junto, mas para
isto é preciso saber estar só, separado. Estar e não estar...
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As amoreiras e bananeiras ao
redor, estão atraindo, com suas
delícias, cores e sabores, tantas, tantas aves! As costumeiras e outras, mais
ariscas, como os tucanos, que vêm sempre em duplas e se mostram menos
assustados, chegando muito próximo à casa... isto me dá uma sensação de valor e
de bem estar... sossego, como se minha casa fosse uma extensão da natureza ou
vice-versa e, as aves, visitantes que gostam de estar no meu ambiente e na
minha companhia!
terça-feira, 25 de dezembro de 2012 | Filed in:
Minha querida!
Te esperei tanto!
E quando você veio,
encheu de alegria
minha vida
como e muito mais
ainda
do que eu sabia que
seria!
Isto foi numa manhã
fresca e luminosa de
Natal,
quando olhinhos
doces
firmes e
desafiadores
pela primeira vez
refletiram os meus
e todos os
significantes
sobre maternidade e
espiritualidade
enlaçaram para
sempre!
Uma outra mulher
saída de mim
tão diferente de mim
mas tão cheia de
inquietudes
e buscas e lutas
igual a mim!
Diferenças e
semelhanças
que preocupam e também,
fazem tão bem
meu bem!
Que bom que a gente
não se perdeu!
Agora você é filha e
mãe
e eu, além
disto, vovó!
Um longo caminho
para traçar e
percorrer...
Entre expectativas
cuidados e alegrias,
o coração aperta,
mas
nos sinto caminhando
de mãos dadas!
Feliz aniversário,
minha Lili!
domingo, 23 de dezembro de 2012 | Filed in:
Quatro anos!
“Que importância tem?
Só a que eu dou.
Olho para as coisas
e todas me dizem
bem mais do que
meus olhos
alcançam...
E que importância tem?
Só a que eu dou.”
Por isto continuo.
Escrever me contorna
significa
fortalece
organiza
alimenta a paixão
traduz o amor.
sábado, 22 de dezembro de 2012 | Filed in:
Parece um dia de inverno
sombrio. Silencioso.
De vento indelicado.
Não há brilho.
Nem fora e nem dentro.
O "mundo não acabou"
mas umas tantas coisas, sim.
O desconforto do inesperado
abre buracos gigantes.
Assim parece que
se organiza o tempo
nos tempos...
de dentro do caos
pode, a qualquer momento
surgir o novo!
Com opções e possibilidades.
quinta-feira, 20 de dezembro de 2012 | Filed in:
E se o mundo acabar amanhã?!!!
Ah! Isto é muito sério...
mas se... e quando acabar,
mesmo e de verdade,
querida chuva, sei
que... ah! Me acabo feliz!
Porque eu A M E I !
E no meu ofício
de aprendiz
isto foi, a vida inteira,
tudo que eu mais quis!
| Filed in:
Considero e cultivo que
toda riqueza da nossa vida
está ali, nos encontros!
Encontro num olhar,
ideia ou
melodia!
Numa contemplação
num fazer, meta,
numa dor ou poesia!
Num sonho, ideal,
projeto... num toque,
numa fantasia!
Encontro de mãos,
ou num abraço,
na sutileza das palavras
ou numa cumplicidade
silenciosa...
Encontros de grande atração,
de amor, paixão
trabalho, vocação...
ou só e pura simpatia!
Encontro com
o sol nascente,
o arco-íris, um querido,
a chuva, a noite...
um desconhecido!
Uma folha, uma história,
uma flor, um peixinho...
Um encontro com a saudade,
um momento de compreensão,
aprendizado e, com
tantas formas de carinho!
Encontros!
Fugaz e intensa
proximidade...
sensação de inteireza,
totalidade...
Isto é supremo!
Quando diferenças
interagem e
entram em sintonia!
quarta-feira, 19 de dezembro de 2012 | Filed in:
Em
com
outro
Maravilhosos
são
os encontros...
no
compasso
e
nos intervalos
das
pulsações!
No
inesperado
dos
hiatos
e
no silêncio
da
mais profunda
solidão
ou
no
mais arrebatado
e
exaltado instante
de
toque, reconhecimento,
e
entrega...
sintonia!
Belos
e únicos
em
cada fração,
quando
e finalmente
estamos juntos
em algo
com algo,
o que for
como for...
e o mundo todo,
mistérios e encantamentos,
desnuda
revela e
reduz-se à
unidade.
Ali, num instante
fugaz e pleno:
de um encontro!
| Filed in:
Brinquedos ignorados
comidinha recusada...
Olhinhos opacos
sorriso sem brilho
corpinho aconchegado
sonolento e febril,
no meu colo,
colo da vovó.
Maria doente?
Inquieta meu coração!
Do soninho agitado
saem suspiros e gemidos
sussurradinhos...
quase imperceptíveis
e a cada um,
segura mais forte
minha mão.
O tempo passa...
O calor diminui
a respiração suaviza
as mãozinhas relaxam
e então dorme tranquila!
Acorda sorrindo
estendendo os bracinhos!
- Olha aqui! Ó! ... querida!
O cata-vento brilhante
dançando suas cores com
a brisa, na varanda...
Olha que lindo!!!!
E o olhar se ilumina
e a mãozinha se agita
querendo pegar,
encantada e feliz!
Está tudo bem,
outra vez!
E juntas vamos
explorando e interagindo
(ela descobrindo
eu redescobrindo)
com o ambiente,
com os objetos,
conversando
na língua deliciosa dos
bebês,
entremeada de tantos
“Ohs! Brrrsss...Ta-ta-ta...
Bah! Tah!! Hum”...
e risinhos
ininterruptos
que fazem o tempo voar
e minha alma deleitar
saltitando, livre
em outros mundos!
sexta-feira, 14 de dezembro de 2012 | Filed in:
Imagem de Elcio Limas
Vida
alegria
celebração!
Vida que pulsa
exigente,
cheia de incógnitas,
surpreendente!
Alegria
esperada e sentida;
nascendo com
as manhãs luminosas
coloridas de flores,
renovada nos
encontros,
nas mudanças e
nos versos dos abraços
e das cores!
Celebração do que foi
e do que é,
do semeado e
do colhido;
do sonhado e
do vivido!
Celebração da vida!
Bonita!
Que chega
e se renova,
todo dia,
quando o horizonte
incendeia de alegria
e, no coração do
que ama, vive e valora,
repercute e palpita...
sexta-feira, 7 de dezembro de 2012 | Filed in:
Te procurei
e não te encontrei
no meu silêncio
porque estavas
lá fora...
na algazarra dos pássaros
na alegria das cachoeiras
no sopro do vento
no voo tranquilo das
nuvens...
feliz e distante!
Adormeci no vazio
e ali estou
esperando a chuva
que sempre te traz de volta!
domingo, 2 de dezembro de 2012 | Filed in:
Estou
maravilhada com este trabalho iniciado e em desenvolvimento com a professora e
colega Lara Pires! Embora a música esteja presente e seja de grande e profundo
significado na minha vida, não havia cogitado a possibilidade de rever, compreender
e “ler” minha história através das
melodias que apreciei e “guardei” no decorrer dos meus cinquenta e tantos anos!
Fiquei agradavelmente surpresa e muito emocionada com as descobertas que fiz
quando me pus a refletir sobre a melodia que escolhi como a mais marcante na
minha infância! Eu não estava dando a
devida importância ao fato, ao trabalho proposto e realmente fui “pega” em
flagrante, tamanha sutileza! Viajando em uma única melodia, marcada na distante
infância, cheguei ao meu hoje, em poucos instantes! E tudo estava ali, muito
claro, revelador... imagino, cheia de expectativa, como será viajar de forma
mais consciente pelas outras melodias que marcaram as demais fases, momentos,
épocas, encontros... Acho que finalmente compreendo o chamamento que a música
sempre me fez e que eu atribuía à sensibilidade ou à minha preferência por um
determinado instrumento ou estilo musical. É muito mais do que simplesmente ter
escolhido e sido marcada por esta ou aquela música... às vezes parece que a música
me escolheu! E por que esta e não aquela? Por vezes, o que mexeu e marcou foi a
poesia, outras, a melodia; num outro momento, o instrumento, em outro, os
arranjos; já numa outra, a voz e em outra, a energia, o conjunto todo... E
agora, quanto têm para me falar, além de me deleitar! Bom demais investigar
isto! Vale a pena! A música é, de fato, uma excelente companhia!
sábado, 1 de dezembro de 2012 | Filed in:
Criança, gostava de cantar
gostava de ouvir...
Enchia meu coração
de expectativa
e melancolia...
Doía o desencontro,
amor que machuca!
Tão lindos,
perfumados...
Com tudo
para ser feliz...
E escolhiam brigar!
No fundo,
tudo que eu queria
era encontrar outro final
e, na linda canção
o amor, alegria exaltar!
O que acontece só agora
neste momento e lugar:
O cravo sentiu saudade
chamou a rosa
pra conversar
e a rosa, toda
cheirosa
correu pra
ele, para abraçar!
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