Música e Poesia




De forma aparentemente casual, neste finalzinho de ano reencontrei com duas melodias que produziram marcas fortes, num tempo que já passou. Lindísssimas! Embora este conceito seja subjetivo. De alguma forma isto me desestabilizou. A música não tem fronteiras, mostra e atualiza tudo. Importante voltar para fazer uns curativos, entrar em contato com o que ainda não está visto ou curado para ver e curar e não desestabilizar num outro momento; desassociar de lembranças (se isto é possível, quando se diz que a música que nos toca faz parte de nossa identidade...) e apenas saborear a beleza e harmonia dos sons! Estou me permitindo ficar “lá” ainda mais alguns momentos... Desestabilizei justamente por isto, porque me trouxeram ou levaram para perto de momentos significativos, que vejo, estão bem vivos lá naquele momento da vida. Eu me distanciei deles; organizada, agora de outro jeito; com outros conteúdos,  roupagens e aparência... e eles estão lá, como eram... e não tem como  juntar o tempo; embora tudo, realmente ainda faça parte da minha essência. Estou sensível a isto e com isto, mexida por inteiro e acredito que é bom e vem num momento bom. Iniciar um novo ano sempre é um convite a mudar, transformar. Muitas revisões e mudanças, entendimentos e acordos que precisam ser feitos no aqui e agora, para serem verdadeiros, precisam de fato, serem feitos um pouco mais atrás, lá onde podemos estar amarrados, sem consciência. Assim renovo meu amor à música e à poesia, porque me acolhem e me dão asas para deslizar, voar, para dentro e para fora, para o fundo e pelas superfícies, permitindo este encontro sempre mais estreito e bonito (mas não isento de mau tempo!) comigo mesma e, por conseqüência, com o todo e cada um. Música e poesia, luz, fogo ardente, renovando todas as coisas e deixando sempre um horizonte claro e luminoso à frente:  A  VIDA  É  BELA! 

 

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2025, 16o aniversário do Blog! Pulei 2024, ano dos 15 anos. Aconteceu sem intenção. Retomo, agora, este espaço e esta escrita e me preparo para metaforizar silêncios e ausências. É o que eu gosto.

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