quarta-feira, 26 de dezembro de 2012 | Filed in:
Capitulina, querida!
Decidi!
Seguir os passos do Filho Pródigo! Largar as ocupações e me ocupar comigo. Fui
caminhar na chuva! Tanto tempo que não fazia isto! Outro passo. Faltam outros,
mais significativos. Compreendo, após
muitas e tantas tentativas frustrantes, que algumas coisas na vida, podemos
mudar, transformar; escolher, ignorar, abandonar. Outras, não. São essenciais e
vitais e, mesmo assim, não do jeito que se quer, mas do jeito possível. Sem
estas, não dá para ficar. Ou dá, só que a qualidade da vida é ruim, insossa. O
deleite da alma nem sempre é o deleite da cabeça, do coração e muito menos do
ego. Minha alma anseia liberdade. A liberdade de se expressar e interagir com o
que ama e precisa; o que lhe alimenta. O que nem sempre está no convencional e
no rol das obrigações e responsabilidades do dia ou do meu papel; mas sempre
“às turras” com os conceitos de bem e mal, bom e mau, certo e errado;
produzindo, como se pode deduzir, um constante alternar entre o encantamento
e a inquietude. A sensação de estar e
não estar na chuva é impressionante! Caminhando ali, sentindo os “respingos”,
mas protegida pelo guarda-chuva, sozinha, com os sentidos todos em alerta,
senti minha alma deleitar! Vibrar! Na verdade é isto que acontece o tempo todo;
deve acontecer: não dá para misturar e diluir nas coisas; é preciso preservar a
individualidade e a singularidade. Há um tempo de estar e não estar e, estando,
não perder o foco, o que se passa. “Estar na massa e não ser massa”. É um
exercício. Estou mas não posso invadir, tomar posse; nem me assujeitar, me
deixar explorar, oprimir e comandar. Estou junto, mas não sou dona! Amo, mas não
posso impor! É bom estar junto, mas para
isto é preciso saber estar só, separado. Estar e não estar...
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1 comentários:
Amo os escritos que se referem a Capitulina! Profundos e cheios de significados. Ela deveria aparecer mais! Beijos meus linda Maisa!
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