Metade

Sempre faltou algo...
Uma última palavra,
demorar um pouco mais
no abraço,
olhar novamente,
envolver num sorriso!
Um  leve toque no cabelo,
reconhecer um gesto,
elogiar uma mudança,
dizer “Tchau!
Segurar a mão por
só mais um pouco,
acolher uma queixa,
fazer um carinho,
atirar um beijo,
escrever "oi",
aconchegar no colinho...
Podia ter sido mais!
Economizar
pechinchar
no afeto
é esbanjar
nas indelicadezas,
acumular solidão.
No universo amoroso
quanto mais se gasta
mais se tem.

 

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2025, 16o aniversário do Blog! Pulei 2024, ano dos 15 anos. Aconteceu sem intenção. Retomo, agora, este espaço e esta escrita e me preparo para metaforizar silêncios e ausências. É o que eu gosto.

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