domingo, 24 de março de 2013 | Filed in:
Ouvir
elogios é tão bom! Especialmente daqueles a quem a gente ama, com quem se
compartilha a vida ou partes, pedaços da vida; cotidiana ou esporadicamente. O
elogio impulsiona, fortalece, qualifica, reconhece, constrói e muitas vezes,
salva. Mas o sincero elogio. Este que vem da alma, que não visa nada além do
seu conteúdo. Há elogios superficiais,
enganosos e interesseiros. São como
sortilégios, nos encantam para nos distrair do seu verdadeiro foco e desejo:
nos derrubar, ferir, destruir, diminuir, banalizar, “tirar o tapete”, ali
adiante. Aprendi que elogiar é bom; mas tem que ser com moderação. Eu elogio muito os meus alunos e filhos, nas
suas produções; talvez eu exagere porque, por vezes, eles me devolvem: “Ah, não vale, você sempre
diz que está bonito”... Reconheço que meu primeiro olhar é sempre de
acolhimento e de valoração ao que o outro faz; mas só falo se acredito.
Muitas vezes, o bonito ainda não
aparece, mas sei, intuo que está ali e que mais um pouco, vai aparecer. E
aparece! Isto é diferente de mentir, de
ser falso, o que equivale a dizer: falar sem sentir e acreditar. A escuta e o
acolhimento a qualquer elogio, também exige moderação e cuidado. Aprendo e
ensino que não se pode deixar dominar, envolver e perder a noção das coisas,
diante de uma coisa boa que se faz; diante de um elogio, um reconhecimento ou
seu oposto. Para isto, quem primeiro deve reconhecer nossas qualidades,
capacidades e limitações somos nós mesmos. E um pouco de modéstia não faz mal a
ninguém! Se ficamos feito marionetes, ao prazer da opinião dos outros, positiva
ou negativa, perdemos a identidade e a noção da realidade. Gostei de refletir
isto, hoje, Domingo de Ramos... À entrada de Jerusalém, Jesus foi aclamado,
exaltado como rei pelo mesmo povo inconsciente que logo depois o condenou à
morte, escolhendo Barrabás, um ladrão; quando Pilatos solicitou que optassem
entre um e outro para libertar. O que aconteceu? Eles mentiam, estavam sendo
falsos quando o aplaudiam ou simplesmente, nas duas situações estiveram
inconscientes, massa de manobra, “marias-vão-com-as-outras”... sem refletir,
sem coragem de assumir pensamentos, sentimentos, vontades... Esta insinceridade
ou falta de clareza nos posicionamentos, custa caro. Na história bíblica, uma
vida.
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