quarta-feira, 2 de novembro de 2016 | Filed in:
Vi teu olhar assustado
tua angústia,
tua dor,
teu desejo de sair,
reencontrar o teu
lugar!
Pegar tuas coisas,
teus medos
tuas
verdades,
tuas asas,
tua vida
e ir embora dali...
avivar o corpo
que crescia em
limitações...
Mas não pude fazer
nada.
só olhar.
Não havia o que dizer
o que fazer. Só
esperar.
Ambos prisioneiros
em nosso momento,
em nossas teias
fragilidades
impotências...
Próximos,
envolvidos de
benquerer,
mas sós.
Talvez te bastasse
me ver,
estar ali,
segurando tua mão
como tantas outras
vezes.
Achei que sim.
Fechaste os olhos
e, enfim, dormiste.
Minha mão ficou ali,
te acompanhando
num voo inquieto...
Até que encontraste
algo repousante,
acolhedor;
um oásis talvez...
Relaxaste!
Soltaste minha mão.
E, um tempo depois,
partiste! De vez e só.
Meu olhar te encontrou
na brisa suave
da tarde que
também morria
e minha mão te
acompanhou
num aceno
até que te diluíste nos
azuis do horizonte,
leve, livre... finalmente!
Finalmente, tu!
E rindo teu riso maroto!
Certamente, fazendo graça,
com teu vocabulário
singular
olhar curioso,
ávido de detalhes e
sutilezas;
a respeito de novas
mãesagens...
E eu fui encontrar
com minha solitude
e com estes mistérios
que me rondam...
ora inquietam
e extasiam;
ora singularizam e
ora entrelaçam
afetos, vida e morte;
metáforas e realidade...
Tchau, pai!
This entry was posted on 10:36
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1 comentários:
Putz !!!!!!!!!!!
Que maravilha !!!!!!!
Grande beijo !!!!!!!!
Amo vc !!!!!!!!!!
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