terça-feira, 31 de dezembro de 2019 | Filed in:
Ano
Novo chegando
“esperança”
o coração
com
imagens, sonhos, desejos
de
manhãs surpreendentes!
Estas
que nascem sérias,
saudáveis,
justas,
e
dignas para todos,
em
todos os cantos!
Manhãs
surpreendentes!
Com
sol, lugar, vez e
oportunidades
para todos!
Manhãs
surpreendentes!
Acolhedoras
e respeitosas às
conquistas,
ideias,
aprendizados,
discernimento,
valores
e talentos de cada um!
Manhãs
surpreendentes!
Que
inauguram os dias com beleza,
luz
e reverência
à
natureza, às singularidades do outro,
aos
que educam,
a
quem, de fato, “se importa”;
aos
tolerantes e aos generosos!
Manhãs
surpreendentes
que
germinam cuidados,
gratidão,
afeto,
escuta e abraços!
A
esperança que brota e alimento, em mim,
neste
momento especial de passagem,
é
assim! E desejo a você, belas e incontáveis
manhãs
surpreendentes! E um coração esperançoso,
leve,
amoroso e feliz!
Feliz 2020!!!
quinta-feira, 26 de dezembro de 2019 | Filed in:
Arrumávamos o salão do clube
para a festa de encerramento do ano letivo. Uma escada transformada num caminho de flores... lindo! E
painéis. Belíssimos! Pura arte! Arte coletiva! Trabalho de parceria: alunos e
profes! Magia do Quintal!
Depois de tantos e tantos
anos, tudo ainda é tocante, sempre novo, especial para mim: a emoção, os detalhes,
o momento... Os anos passaram e o corpo envelheceu, mas o olhar, a leitura, a interação, o amor,
a ternura... Ah! Isto sensibilizou, aprimorou, dentro de mim!
Eu estava encantada com os
painéis! Depois de tanto olhar, deleitar, comentar e fotografar; eu percebi, e só então, as bordas! E, me dei
conta, de um jeito diferente, mais fundo, do papel, do lugar, da importância
das bordas.
Num trabalho, cartaz,
painel,
texto, pintura,
desenho,
bordas enfeitam, limitam,
protegem, disfarçam, completam,
arrematam, embelezam, destacam, valoram.
Podem ser feitas de infinitos jeitos,
formas, cores, materiais, espessura e tamanho...
Fazer uma borda é desafiador, criativo.
Então,
percebi que ali havia (e que sempre houvera) algo mais profundo! Que para além
de fazer e motivar as bordas nos
trabalhos; nós fazemos bordas na vida do outro; nós somos bordas!
E ser borda, é de outra ordem.
É acolher, envolver com delicadeza,
respeito e humildade,
algo do outro ou o próprio outro;
ciente disto!
Sem alardes e presunção;
grosseria ou impaciência.
Essencial ter a clareza
de que é o conteúdo
e não a moldura, não a borda,
o centro da obra.
Ah! Ser uma borda! Ser professor!
Fazer o outro aparecer, brilhar;
desabrochar talentos;
encantar-se pela vida!
Participar deste processo,
sutilmente... cuidando,
observando e
percebendo sensibilidades,
protegendo singularidades...
Ah! Descobrir-se borda
neste processo,
neste “ser professor” ...
Que privilégio!
Muito grata por este
ano maravilhoso
de belas e inusitadas bordas!!!
| Filed in:
-
“Vovó! Vamos fazer uma caça ao tesouro”!
Minha
netinha e os priminhos passeavam, por entre a roda de conversa dos adultos,
convidando-nos a participar da brincadeira que eles tinham preparado para o
momento.
Na
noite quente deste Natal, a brisa soprava suave, refrescante; a conversa fluía
animada, atualizando recordações e a vida familiar. As crianças vieram
interromper nosso deleite. Alguns de nós, então, brincamos com as crianças. Elas
esconderam o tesouro e nós, adultos, seguindo as pistas, correndo pra cá e para
lá, o encontrarmos, finalmente...
Depois,
fiquei pensando nesta bela metáfora e, que momento mais oportuno para
metaforizar do que este: a Noite de Natal! Crianças propondo uma caça ao
tesouro aos avós, pais e tios, na Noite de Natal! Por que os adultos eram os caçadores? E qual
era o tesouro a ser encontrado na Noite de Natal? O que as crianças queriam, de
verdade, que encontrássemos?
Na
madrugada, eu entendi. E sinto-me profundamente grata, mais uma vez, às crianças;
estas criaturas maravilhosas, por todo ensinamento e encantamento que
oportunizam! Estão sempre nos chamando, sinalizando para o que é essencial;
para que não percamos de vista os nossos tesouros, nossos presentes e o nosso
tempo presente.
Reencontrei
um grande tesouro neste Natal: o Natal! Sei o quanto isto vai ressignificar,
fortalecer e animar os meus dias! E desejo, do mais fundo do coração, que os
belos momentos vividos, esperançados, refletidos e sonhados, neste Natal, tragam muita luz,
alegria e vontade a todos vocês, queridos amigos e ao nosso Planeta, tão carente e necessitado
de (re)encontrar e valorar tesouros verdadeiros!
domingo, 27 de outubro de 2019 | Filed in:
Elegantes,
toque
suave;
os
bailarinos coqueiros,
no
compasso da brisa,
enlaçam
meu corpo,
minha
cabeça
minha emoção!
Fecho
os olhos...
perco-me
no
movimento apaziguador;
nos
contornos
que
recortam o céu,
refletem-se
na terra
e acenam para o mar.
sexta-feira, 20 de setembro de 2019 | Filed in:
Guriazinha
que cresce...
Guria,
querida
“tonchinha”!
O
“chima” é bom demais,
a
pilcha da “prenda” é bonita,
a
simbologia é profunda.
A
gente se diverte,
canta,
conta história,
dança,
brinca!
Se
emociona
e
junto, celebra
o
valor da roda,
da
partilha,
da
causa justa,
das
memórias
e da nossa história!
| Filed in:
Eu
observava, surpresa, agradavelmente surpresa, o lugar: era amplo, limpo, acolhedor. Havia
sofás espalhados e senhorinhas conversadeiras e alegres aguardando sua aula de
yoga. Um quadro, com um cronograma extenso de atividades ali desenvolvidas, ocupava uma parede:
yoga, inglês, violão, reiki, informações básicas sobre internet e celular,
pilates, palestras, massagem, alongamento, alfabetização, matemática,
economia... As atendentes, muito atenciosas, simpáticas, educadas!
-
Não! Faz apenas um ano que me tornei idosa! Estou aprendendo e conhecendo este
mundo, aos poucos! – respondi.
E
rimos, as duas!
Eu
estava na Secretaria da Pessoa Idosa! Fazendo a carteirinha do idoso...
Impossível não lembrar do momento em que fiz minha primeira carteirinha de
estudante, há tanto tempo atrás.... e os dois momentos juntaram-se... a mesma Maisa, só que não!
Gente! Quantas recordações numa fração de segundo! Os círculos que compõe a
nossa vida são fantásticos! Momentos que se repetem, se encontram... mas com
outras roupagens, outros cenários, outros significantes e conteúdo aprofundado... Que privilégio viver,
curiosar cada fase!
quinta-feira, 29 de agosto de 2019 | Filed in:
Abri
a janela...
Um
cheirinho de primavera
veio
de longe;
adentrou
com
a
brisa curiosa e
com
a maciez de um calorzinho...
Envolveu-me!
Mexeu
comigo,
solicitando
atenção.
Então
olhei!
Os
verdes todos
numa conversa movimentada;
duas,
três borboletas dançando
entre
eles...
Alegria
frouxa!
Minhas
violetas
florescidas!
Risonhas,
banhando-se de sol
atrás
das vidraças!
Uma
bougainville espaçosa
abraçando,“sem
cerimônia”,
um
telhado,
quase
que por inteiro,
com
bougainvillezinhas vermelhas,
precoces,
espiando
a
tarde de azul belíssimo...
Uma
bananeira inclinada
suspendendo,
bravamente,
uma
“penca radical”
sem
medinho nenhum
de
“embananar-se” lá no chão...
Fui
fisgada por aquela
realidade
pacífica
e
generosa de um momento,
de
uma tarde
coexistindo
com
outras realidades
de dor, rupturas,
desastres,
misérias...
Tomou
minha emoção!
E
eu a quis por inteiro
e
prolongada!
Que
fosse suficiente!
Bastasse
para
serenar
inquietudes
e
complexidades
cotidianas...
E
naquele momento,
foi.
sábado, 24 de agosto de 2019 | Filed in:
Acinzentaram
o céu!
E
também
o
brilho das plantas,
a
cor das flores
e
a esperança
nos
corações.
Porém,
o
SOL
é justeza
e
amor!
No
final do dia,
paciente,
venceu
resistências,
abriu
espaço
por
entre as nuvens
e
dourou tudo!
E
todos!
Sem
distinção.
Generoso!
Amoroso!
Ah!
O amor...
parceiro
de tanta
coisa
linda, sutil,
importante,
essencial...
Mas,
é impossível
amar
sem respeitar!
O
contrário, sim.
Dar
conta de respeitar
abre
o peito! Liberta!
...
para amar!
| Filed in:
O pai
gostava de usar boné! Era extremamente cuidadoso com a pele, muito clara.
Seguia, à risca, as orientações da dermatologista, usando, religiosamente,
protetor solar e o boné para proteger a “careca”. Era um ritual bonito de ver,
este, sempre antes de qualquer saidinha de casa. E usava, sem trégua, o mesmo
boné por longo tempo... Eles iam descolorindo, “afinando” de tanto uso e de
tanto a mãe lavar. Não se preocupava com a aparência; só com a utilidade. Por
isto, de quando em quando, um familiar o presenteava com um... geralmente de
cor ou detalhe vermelho, porque era apaixonado pelo Inter! Mas afirmava que não
era fanático!
Quando
fazia as pequenas viagens, vindo do RS até SC, para me visitar, trazia dois ou
três bonés. Dizia, no tom de gozação que lhe era peculiar: - “Olha aqui, minha
filha, trouxe três bonés pra fazer bonito e ninguém pensar que só tenho um”!
Mas se a mãe ou um de nós não lembrasse, usava sempre mesmo! E todos nós, aqui
ou lá, sempre fazíamos muita graça com este assunto! Alémde exibir os bonés,
gostava de demonstrar que ainda tinha boa memória, nomeando quem o havia
presenteado com qual boné.
Alguns
meses antes de falecer, o pai ganhou o último boné. O genro trouxe um, todo
vermelho, do Canadá; deixando-o muito contente! O boné era precioso não só
porque era novo, vermelho e vinha do “estrangeiro”; mas principalmente porque
naquele país distante, morava um neto e o boné trazia e recordava muito, muito
afeto e belas lembranças... de uma vida toda... de muito carinho, partilhas e
alegria!
Depois
que o pai “se foi”, a mãe desfez-se de quase todas as suas coisas. Guardou umas
poucas e entre elas, o boné vermelho, vindo do Canadá. Ela o pendurou num
lugar, na cozinha, justificando: - “deixo o boné ali, para me fazer companhia”!
Impossível a gente andar por ali, sem ver o boné, sem fazer um comentário e sem
dar boas risadas, porque lembrar do pai é, via de regra, chamar alegria; porque
ele era um “baita gozador”.
Foi ali,
na cozinha, que surgiu a ideia de levar o boné do pai para viajar conosco, a
Goiânia. Eu e um dos meus irmãos levamos, em Julho, a mãe para visitar o
Santuário do Divino Pai Eterno, em Trindade. A mãe nunca tinha viajado de avião
e ia realizar dois sonhos: visitar o Santuário e “andar de avião”. O pai,
quando vivo, dizia ter medo de avião. Mas gostava de viajar! Era um apreciador
das “mãesagens”; não perdia um “lance”, um detalhe! O passeio ao Santuário foi
bonito, leve, alegre, intenso...
Bom
demais andar e olhar, de vez em quando, pra vida, com os olhos curiosos do pai
e com um boné na cabeça, para proteger a “careca”, as ideias e os sonhos !
Hoje, o
Ximitão faria 87. Saudade!
quarta-feira, 14 de agosto de 2019 | Filed in:
Na
tarde que surgia
despretensiosa
e
sonolenta;
o
sol, um atrevido,
invadiu
os verdes,
adentrou
minha janela
e
iluminou minha mesa
servindo
meu prato
de
calor, brilho
e
um tantinho de amor!
Gulosa,
ah! fartei-me!
sábado, 10 de agosto de 2019 | Filed in:
Acarinho meus irmãos!
Estes queridos que levam
no nome, genética,
semblante e singularidades,
um pouquinho do nosso pai!
Homens sérios
diante das coisas da vida;
de abraço amoroso,
olhar terno, sorriso largo,
alma sensível!
Em versões diferenciadas,
pais queridos
de outros queridos;
tentando viver e
fazer seu melhor;
aprimorar limitações e
perpetuar qualidades
e talentos herdados
do nosso
querido Ximitão,
que, por hora, passeia
em outras dimensões!
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