quinta-feira, 29 de agosto de 2019 | Filed in:
Abri
a janela...
Um
cheirinho de primavera
veio
de longe;
adentrou
com
a
brisa curiosa e
com
a maciez de um calorzinho...
Envolveu-me!
Mexeu
comigo,
solicitando
atenção.
Então
olhei!
Os
verdes todos
numa conversa movimentada;
duas,
três borboletas dançando
entre
eles...
Alegria
frouxa!
Minhas
violetas
florescidas!
Risonhas,
banhando-se de sol
atrás
das vidraças!
Uma
bougainville espaçosa
abraçando,“sem
cerimônia”,
um
telhado,
quase
que por inteiro,
com
bougainvillezinhas vermelhas,
precoces,
espiando
a
tarde de azul belíssimo...
Uma
bananeira inclinada
suspendendo,
bravamente,
uma
“penca radical”
sem
medinho nenhum
de
“embananar-se” lá no chão...
Fui
fisgada por aquela
realidade
pacífica
e
generosa de um momento,
de
uma tarde
coexistindo
com
outras realidades
de dor, rupturas,
desastres,
misérias...
Tomou
minha emoção!
E
eu a quis por inteiro
e
prolongada!
Que
fosse suficiente!
Bastasse
para
serenar
inquietudes
e
complexidades
cotidianas...
E
naquele momento,
foi.
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