PARA GOSTAR DE ESCREVER
“Dentro de um mundo
tem um mundo e
dentro deste mundo
um outro mundo
que é o mundo da imaginação”.
Versos lindos de uma canção infantil. Que sensibilidade da Rosy Greca, no CD “GENTE CRIANÇA”! É surpreendente este fantástico mundo das ideias! Como elas surgem, em cada um de nós, associam-se ou, de repente, seguem outros rumos, voam longe. Curto muito observar isto em mim e principalmente, nas crianças, nos alunos. Cada ideia, um mundo. Que não se repete.
Lembrei desta melodia da Rosy, durante trabalho individual com um aluno. Após identificar-se e escolher três objetos entre tantos: uma espada, o globo terrestre e um dinossauro, discorreu sobre cada um, apaixonadamente. Falava e eu observava como seus olhos brilhavam e as palavras fluíam, vocabulário rico. Desafiei-o para criar uma história, oralmente. Ah! Que história! Interminável! Cheia de detalhes, heróis, batalhas, desafios e lugares perigosos. Memória, imaginação, prazer e palavras numa articulação sensacional. Porém, não concluiu no tempo da aula. Retomamos outro dia, quando propus que escrevesse. Gostou e quis digitar. Perguntei se ainda lembrava do que estava criando. - “Estou com a história todinha na minha cabeça, Maisa, mas decidi que vou modificar, fazer diferente”. E iniciou a escrita. Sorria, fazia um comentário, silenciava, olhava para os objetos, escrevia... De repente: - “Acho que, na verdade, vou fazer um filme”! E não vou acabar, hoje! (sorriu!) Mas na próxima aula, acabo. Até que vai ser bom, posso ter mais ideias... daí a gente pode começar a filmagem, né”!
Bah! Baita desafio! Nossa! Como
filmaremos esta história? Envolvida por tanto querer e riqueza, viajo junto, tocada
nos meus mundos; cativada por este mundo maravilhoso que é ele e o mundo que gesta
no mundo da sua imaginação. Por vezes, as asperezas, a dor e o egoísmo nos impedem
de enxergar os mundos que existem dentro nós e menos ainda, nos outros. Bom demais
quando enxergamos. Resgatamos coisas boas. Depois a gente vê se faz um filme,
transforma num teatro de fantoches, faz uma contação de história, escreve um
livro ou apenas deixa ali, porque o mais importante, com certeza, é o processo.
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