sexta-feira, 29 de janeiro de 2016 | Filed in:
A história
(Maria
Margot, 3 anos)
“Quando o Luano machucou a asa, a vovó salvou ele. Ela pegou o passarinho e
levou o passarinho pra casa dela. Ela fez um “reikinho” nele e eles viveram
felizes para sempre”!
A “versão estendida”
(vovó
Maisa)
Lavava a calçada e, de repente, ouvi o canto de um sabiá, muito próximo... Eu
trabalhava e ele cantava. Era uma deliciosa parceria e não pude deixar de
lembrar da famosa fábula e dos dias ensolarados de interação entre a cigarra e
a formiga... Fiquei um longo tempo pensado naquela e nesta simbologia do
momento; até que não resisti e procurei por ele. Não estava no telhado ou em
cima de uma das árvores, como eu pensara no início. Estava dentro da sala e
voava de um lado para o outro, como se procurasse uma saída. Não sabendo o que
fazer, abri bem as janelas e a porta para facilitar seu encontro com a
liberdade e fui concluir meu trabalho. Quando voltei, ele ainda se debatia.
Então fiquei aflita e senti-me convocada a ajudar.
Fiquei acompanhando seus movimentos
de lá para cá até que, parecendo cansado, pousou em cima de uma mesa. Tive uma
ideia! Rapidamente joguei um paninho bem
leve, feito rede, em cima dele; que ficou bem quietinho. Assim, pude pegá-lo.
Coloquei-o em cima do peitoril da janela, estimulando o voo. E ele foi... mas
não para o alto; foi para o chão! Para a morte! Sim, porque simplesmente “do
nada”, surgiu um gato preto e o abocanhou; fitando-me, ao mesmo tempo com olhos
desafiadores e vitoriosos.
Entrei em pânico e gritei! O gato,
surpreendentemente, assustou-se e largou a presa. Então, sem parar de gritar,
corri estabanadamente, de lá para cá,
até conseguir sair do labirinto em que se transformara o longo corredor que me
separava do quintal. Encontrei o sabiá imóvel, com os olhinhos abertos. Vivo!
Quando andou, tive a impressão de que estava com algum problema ou dor em uma
das asas; mas não tive certeza. Levei-o para dentro. Fechei todas as aberturas.
O gato é ágil, silencioso, inteligente; ele ia voltar... já sentira o cheiro e
o sabor da vítima. Acreditei que fosse mais possessivo do que medroso. Mas não
voltou. Subestimei o gato; ele não era medroso;
era astuto e excelente jogador: sabia reconhecer o momento de recuar. Então
eu acarinhei o sabiá e passei reiki por
um bom tempo, desejando ardentemente que sobrevivesse; por ele e por mim, que
sentia o peso enorme da culpa por ter interferido e o ofertado, sem querer, ao
gato.
Assim que, por dois dias, cuidamos
do sabiá; oferecendo água, minhoquinhas e reiki, com muito zelo. Observando
melhor, percebemos que era um filhote! Nossa netinha também envolveu-se nos
cuidados e até batizou o sabiá: "é Luano,
vovó"!!! Ele foi muito paparicado:
fotografado e até ganhou um
“retrato”, desenho da Maria Margot!
Hoje, de manhãzinha, depois do
“trato” e de um treino, ele voou.
Vida longa, Luano!!!
This entry was posted on 10:07
You can follow any responses to this entry through
the RSS 2.0 feed.
You can leave a response,
or trackback from your own site.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
0 comentários:
Postar um comentário