domingo, 16 de abril de 2017 | Filed in:
Por causa do meu filho, os icebergs entraram na
minha vida. Eu olho para eles de outro jeito. Eu pouso neles. Eles me convocam
à leituras.Têm um significado.
E me falam muito, assim, de repente... De
lonjuras, solidão e infinitudes. Horizontes paradisíacos, cheios de mistério e
magia. Falam de um desconhecido atraente. Da impotência friorenta diante do que
não tem jeito. Falam de aparências e profundezas. Do que parece mas não é e do
que é, mas não está visível ao olhar superficial.
De grandezas singelas, despretenciosas. De simplicidades majestosas. De força e
fragilidade. De respeito, seriedade e beleza. De quenturas deliciosas e fatais!
De saudade comprida, sem volta.
Curiosos! Aventureiros!
Impulsivos, saem de casa; perseguindo pássaros, como se estes fossem borboletas
de jardim; sem muito pensar, medir; pudicos! Sem muita consciência de seu
próprio corpo; deslizando pelos horizontes azuis sem cuidado; por vezes
ferindo; por vezes encantando... diluindo-se em cada encontro, sem prestar
atenção no tempo e nas transformações que ele opera... De repente, um pouco
como a gente!
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