sexta-feira, 16 de março de 2018 | Filed in:
E
nos arrancaram mais uma...
Uma
que desabrochava forte, linda!
A
lágrima verte,
desliza
inquieta, triste, funda...
Acarinha
outras ausências
e
seus perfumes.
Quem
fez isto?
Alguém
avesso a jardins,
a
flores, alegria, roda, sol,
comunidade,
vida!
Alguém
ainda sem rosto,
sem
palavra, sem sentidos.
Sem
sentido, escondido.
Nas
sombras.
Mas
nós ainda vemos o jardim!
E
nós vimos a flor
antes
que nos fosse tirada!
Era
linda!
E
nós ainda vemos as flores,
a
singularidade das suas formas,
suas
cores e como gostam
de
misturar! Reinventar!
Aprimorar!
Interagir!
Garantir
espaço e diferenças
no
jardim.
Nós
ainda vemos o sol! Redondinho.
Como
a nossa Terra,
como
as rodas fraternas!
Vemos
como ele se dá a todos.
E é
para todos!
E
ele nos abraça!
Conforta,
aquece, fortalece e estimula.
Uma
flor foi arrancada!
Pura
maldade.
Ah!
Estes covardes não sabem!
Uma
flor não morre assim!
Muito
menos um jardim!
Não
sem resistir...
A
flor permanecerá,
como
outras tantas "extraordinárias",
nas
memórias; inscrita
dentro
de cada um!
Ali,
desabrochará, singular,
em
terras ávidas, férteis
que
desejam, lutam,
idealizam
o justo;
inflando
corações com
aquilo
que os perversos mais temem:
força,
coragem,
ideias,
voz, alegria
e
mãos dadas!
Nós
vamos regar.
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