sexta-feira, 2 de abril de 2010 | Filed in:
Pequena, ligeira, ficando um pouco encurvada. Limpa e organizada, no corpo, na casa, nos contextos por onde anda. Um olhar de tudo e de nada, que parece ir somente até ali... prisioneiro do hábito, da rotina, do eterno fazer... Mas tinha sonhos e desejos grandes. Como queria tê-los realizado! Como tudo teria sido diferente se a vida tivesse tomado outros caminhos, se tivesse feito escolhas diferentes, se pudesse ter escolhido diferente. Contida pela condição da submissão. Queria, podia e tinha condições de ser mais, mas ficou com a inteligência abafada, a fala reprimida e revestida de mágoa. Revela bom gosto, elegância e uma intuição à flor da pele. Quando caminha, os braços inclinam-se pra trás; mas segue em frente, não importa o quê; amparada pela fé inabalável, desafiando-se diante da insegurança, dos limites que por vezes se agigantam e paralizam; um olhar fixo num horizonte só seu. Sozinha, solidária. Mãe. Doadora.
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