domingo, 4 de abril de 2010 | Filed in:
O que acontece com nosso corpo, este instrumento tão bonito e perfeito, capaz de tantas coisas e, que, apesar de tudo isto, adoece? Fragilidade esta que aparece através de sintomas, sutilezas, marcas, atitudes... o corpo falando e reagindo aos nossos comandos e decisões nem sempre acertadas; expressando o quanto está sendo maltratado, judiado, desconsiderado, ignorado nas suas necessidades e desejos. Excessos, extravagâncias, descuidos, infantilidades, falta de amor... o que fere mais? É a nossa mente descontrolada e imatura, alternando realidade e fantasia, preocupações, “imaginações comprovadas ou não”, alegria, tristeza, euforia e nostalgia? Ou é o coração que se abate com os baques inesperados, frustrações, perdas, “tapetes puxados”? Ou é o físico, quando este corpo não consome ou não recebe o que precisa, num completo abandono, rejeição e desatenção? O corpo fala, suplica, pede, até grita! Mas a gente escuta? A gente escuta o coração, escuta a alma? Parece que preferimos receitas; o que os outros dizem, o que outros disseram. Andar, cuidar e curar pelas beiradas, evitando e distanciando do ponto certo, a ponto de não ter mais o controle de nada, impotentes. Entregues ao lamento, às queixas, autopiedade. As vezes, quando a gente “se acorda para isto”, já está com um problema “instalado”, do qual é difícil libertar. Falar de ressurreição, de vida nova, de fazer passagens, viver a Páscoa e tal, é fácil. E de tudo que a gente quer de bom, também! Batalhar por isto, já é outra história! É preciso muita força e perseverança para abrir a porta do nosso sepulcro interno e sair, livres da rotina mecânica, da dor, da autopiedade, das amarras, do marasmo; em direção à luz, ao sol da nossa verdade e singularidade! Primeiro, talvez, a gente tenha que descobrir que é singular.
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