Sabor

"conhecer as manhas
e as manhãs
o sabor das massas
e das maçãs"...
(Almir Sater e Renato Teixeira)


       Por  vezes, me encontro com versos de algum poeta e me encanto, tanto (!), como estes! Vou  redescobrindo-os de quando em quando e eles parecem dizer infinitudes ao instante particular...  Impressionante como, na poesia, as palavras têm vida, movimento! E como “entram na gente”, sem cerimônia, espontâneas! E se encaixam, como se nascidas ali... Coisa mais linda este “conhecer as manhãs”... manhãs de sol,  luminosas, chamando para caminhos que não caminhei, esquinas que não dobrei, gaivotas que não acompanhei; “bom dia” que não escutei, sorrisos e abraços que não troquei!  E o sabor!  Para saborear é preciso tempo! Tempo para degustar cada coisa, cada fato, cada respiração! O sabor de um aperto de mão, de uma conversa cúmplice e amiga, olho no olho! De um café tomado sem pressa, ouvindo quem a gente gosta! De um chazinho que desce massageando, curativando e acarinhando a alma...  O sabor de  um sonho bom, bonito que  coloriu o sono e que a gente vai degustando durante o dia, devagarinho, prazerosamente... ah! Que delícia!                           

 

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2025, 16o aniversário do Blog! Pulei 2024, ano dos 15 anos. Aconteceu sem intenção. Retomo, agora, este espaço e esta escrita e me preparo para metaforizar silêncios e ausências. É o que eu gosto.

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