Fora do ninho (2)

        Encontrei, novamente, o passarinho prisioneiro no supermercado. Desta vez, à noite. E lá estava ele, voando de um lado para o outro, emitindo um som lamentoso, por entre todas aquelas luzes (isto era hora de passarinho estar acordado?!) e aquele burburinho de gente... de certo com saudade do silêncio e da escuridão da noite para dormir em paz, junto dos seus. Porque nada, de fato,  se compara, nada é melhor do que estar perto, aconchegado com “os nossos”!  Nossos queridos, nossos amores. Por isto, apesar de amar as singularidades, gosto da idéia, da imagem de que todos moramos numa mesma casa, a Terra. Isto me fortalece, conforta e apazigua na saudade que sinto daqueles que eu amo e que não estão comigo no cotidiano; porque digo para mim mesma: “daqui a pouco ele vai chegar em casa”.

 

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2025, 16o aniversário do Blog! Pulei 2024, ano dos 15 anos. Aconteceu sem intenção. Retomo, agora, este espaço e esta escrita e me preparo para metaforizar silêncios e ausências. É o que eu gosto.

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