domingo, 26 de junho de 2011 | Filed in:
O corpo faz metáforas. Tão inteligente! Assim como na vida, uns órgãos mais “antenados” do que os outros, fazendo “leituras” da realidade, dos acontecimentos com maior “sacação” e rapidez que outros. Sentimentos e pensamentos por vezes atrapalham a percepção e compreensão do que de fato acontece com o sujeito e então enjôos, vômitos, sintomas repetitivos aqui e ali, chegam parando tudo; colocando reticências, vírgulas, exclamações, interrogações na vida toda... São Paulo, com certeza sabia disto quando escreveu uma carta aos coríntios, falando que nenhum membro do corpo é mais ou menos importante do que o outro; aliás, um discurso metafórico maravilhoso, o dele, nesta carta; adoro ler. A chuva mansa também fala; pingos deslizam, ininterrupta e metodicamente do telhado, das folhas, vindos de superfícies e formas diferentes e simplesmente caem e se diluem num outro contexto e sua existência prossegue, de um outro jeito. Têm uma história, que se agrega a outras e consciente ou inconscientemente cumprem seu papel, no grande corpo do planeta. A entrega, o silêncio que paira, agora, em toda mata, ao redor, também fala; assim como falaram, à noite, os ventos fortes, os galhos que se debatiam, furiosos ou amedrontados no confronto com a chuva agressiva e fria. Também me entrego, quietinha. Quero aprender e compreender; ir um pouco além do ver e do sentir.
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