chuva













Chuva...
Era doce, cantante,
e em algum momento
fez-se ferida aberta
dor e lamento
despencando das nuvens,
descendo pelos morros
errante, inconsciente;
soluçando pelos rios,
ruas, calçadas; 
chegando como
lágrima fria
que assusta e
acorda a escuridão,
molha o travesseiro,
angustia o peito
repete
arrasta,.
destrói,
desgasta...
enfraquece
(tanto!)
de um lado e,
fortalece outro
quando se cala.
As mãos, então,
despertas,
se encontram
se reconhecem
e, entrelaçadas,
recomeçam,
resgatando o sol.



 

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2025, 16o aniversário do Blog! Pulei 2024, ano dos 15 anos. Aconteceu sem intenção. Retomo, agora, este espaço e esta escrita e me preparo para metaforizar silêncios e ausências. É o que eu gosto.

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