domingo, 11 de setembro de 2011 | Filed in:
Domingo. Caminhava, outra vez, à beira da pequena floresta de eucaliptos. Depois de tanta chuva, como se nada houvesse, nem hiatos, nem pesadelos e nem consequências: céu azul, sol luminoso, manhã dourada; concertos em toda parte! Quero-queros, bem-te-vis, canarinhos, aracuãs... Os jovens eucaliptos exercitavam-se na brisa matinal. Bonito o movimento, a entrega, a flexibilidade. Foi o que me encantou, mais do que o resto, no momento. Eretos, verdes, bonitos, altivos, ágeis e flexíveis. Assim como os gatos. Bonitos, altivos, inteligentes, afetuosos e flexíveis. No meu trabalho, em educação, a flexibilidade é indispensável: lemos, escrevemos, falamos; nem sempre conseguimos. Difícil ser flexível; estamos sempre ancorados em algum conceito, idéia, ideal, dogma, regra, meta, objetivo, compromisso, responsabilidade e nem sempre conseguimos flutuar, deslizar, dançar entre os “senões”, variáveis, inesperados, surpresas, demandas, incógnitas, planejamentos, projetos, fatalidades, limites, frustrações, críticas... mas isto acho que acontece com todos e em todos os lados da vida... Observar é muito bom; mas bom mesmo deve ser “o ser flexível”! Flexível para não surtar, enfartar; para não deprimir; não ter dor aqui e nem ali; para não somatizar. Senti uma alegria grande em pensar assim; em conseguir ser flexível para falar, voar, mudar o curso, sem desistir. Para aceitar o convite da vida e aprender a sua dança cotidiana; o ritmo e os passos, ao menos. Sem exigências quanto à performance.
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