quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012 | Filed in:
Quente... mas o quintal estava protegido do sol pelo grande “fícus”, que se agiganta ano após ano... Três balanços (de corda e pneu) pendurados nos seus galhos, atrás dos quais, crianças se organizavam em fila para serem embaladas por nós, profes. Uma brisa refrescante aliviava o calor (mesmo na sombra), produzindo deleite e fazendo com que folhas caídas no chão rolassem de lá para cá, sem resistência e os cabelos das crianças se mostrassem travessos e esvoaçantes, fazendo cócegas, tirando a visão... Riso, espera, respeito, conversa, sossego... fiquei com vontade de cantar e percebi que os olhos se voltavam para mim e que o canto combinava, caía muito bem naquele momento, após o almoço, quando dá aquela preguicinha na gente... “quero que balance bem alto”, um pedia; enquanto outro: “bem baixinho, tá profe, tenho medo de muito alto”... Melodias vinham à memória e eu ia cantando, assim como chegavam, cheias de lembranças e saudades de outros tempos, outros dias, outros lugares e outras crianças... umas daqui mesmo, outras de bem mais longe... lembrei da minha própria criança e deste tempo em que, no decorrer da vida, de quando em quando para tudo e tudo é só alegria, leveza... uma brisa refrescante e espichada!!! ... “oi epo ita ta eia”... “samba lelê”... “ era uma casinha”... “alecrim, alecrim dourado”... “eu vi um cachorrinho”... “era uma casa muito engraçada”... “era uma vez, uma baratinha”... “a barata diz que tem”... “caperucita, la más pequeña de mis amigas”... “clim, clof, cataparatirulilo”... “boi, boi, boi, boi da cara preta”... Tão simples, tão leve, tão bom... tão bom...
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