Feira

Uma delícia, a feira!  Geralmente vou para levar meu pai, que adora comprar (e já faz isto há anos),  uma linguiça especial, de fato, muito boa; para o “aperitivo” antes do churrasco ou para o cachorro-quente. Eu gosto de ver  o burburinho, o colorido e a alegria no encontro dos feirantes com os clientes habituais; como se cumprimentam e conversam, celebrando a parceria! As pessoas se encontram, apertam as mãos (mas apertam mesmo), se abraçam, se olham e param para conversar! Atualizam uma porção de coisas, ali, em pé, na frente ou entre as barracas... Me encanta sentir o cheiro dos temperos e das frutas que parecem recém colhidas, lindas, frescas, saudáveis! Hummmm, o cheirinho delas... é mais perfume do que cheiro, com certeza!!! Dá vontade de levar tudo! No supermercado não encontro com este cheiroperfume”. Na feira parece que o brócolis é mais brócolis; a cebolinha mais cebolina, verdinhos! “Faceirinhos” (por vezes “quase” vejo um sorriso!!!)! E os pêssegos, as maçãs, as ameixas! Hoje, junto com outras coisas, comprei um pão que adoro, de fubá e, em troca ganhei um discurso efusivo e espontâneo de feliz Páscoa!  De braços abertos, dentro da sua barraca, o feirante me desejou uma porção de coisas boas!!!  As pessoas dizem muitas, muitas coisas umas às outras, mas  há jeitos e jeitos de dizer e o que dizer e, por causa disto, umas “calam” fundo, outras dissipam-se ao vento...  A feira e o que ali acontece e circula, do jeito que acontece e circula é algo bom, aconchegante. Natural. Simples.  Algo a ver com a gente, comigo, que gosto de proximidade. Tão bom, que a energia fica por ali, mesmo depois que todos “levantam acampamento”  e a feira vira uma rua qualquer da cidade. Quando a gente passa por ali é a feira que a gente lembra e "vê". Estão construindo, numa das esquinas da "rua da feira", o Teatro Municipal. Na minha cabeça, tudo a ver!

 

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2025, 16o aniversário do Blog! Pulei 2024, ano dos 15 anos. Aconteceu sem intenção. Retomo, agora, este espaço e esta escrita e me preparo para metaforizar silêncios e ausências. É o que eu gosto.

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