quinta-feira, 12 de abril de 2012 | Filed in:
Diante das coisas mais bonitas e significativas, singular para cada um, a gente perde a palavra. O silêncio contemplativo e reverente se impõe espontâneamente. O olho “bate”, o coração acolhe e responde, a alma se eleva! A gente se sente “uno” com o universo e todas as suas criaturas. Diante dos espetáculos do sol e da lua, da infinitude do mar, do céu, das belezas das criaturas que vou encontrando e descobrindo, na natureza, eu me calo! Mergulho num mundo de percepções que só bem depois consigo organizar e transformar em palavras escritas, primeiro. A música produz efeitos tão sutis que palavras ainda precisam ser criadas para expressar, onde, de fato me leva no campo das sensações... e eu me calo! Diante de quem eu amo, eu me calo! Eu sinto! E, a tantos jeitos diferentes de amar, tantos jeitos diferentes de sentir! E vejo que, depois, quando consigo escrever, me repito e me repito e me repito! Mas o sentir sempre é novo! Sempre novo! Sempre renovado! Diante deste “milagre” que é a vida da gente se prolongando na vida de uma outra criaturinha, eu me calo! Um espermatozóide que fecundou um óvulo; células que se multiplicaram e formaram um novo ser?! Assim tão simples? Imagina!!! Observar as orelhinhas, dedinhos... os cílios, os cabelos... o nariz! As unhas! O sorriso, o choro, o coração batendo... Tudo tão perfeito! Como pode?! Que ordem, que sincronia, que obediência a uma “lei” que dispõe e organiza num campo invisível, mas perceptível... com tanta inteligência, tanta estética e tanto amor! E não só isto! Um ser que sente, pensa, age, elabora, expressa de forma única no meio de tantos e tantos semelhantes! E mais! Que produz e provoca, na gente, também emoções, sensações e respostas ímpares... sempre um sendo “mistério” desafiador e encantador para o outro decifrar... Eu me alterno, diante disto, entre “me sentir” pequena e grande! E, no meio desta alternância, feliz! Encantada! Apaixonada!
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