sexta-feira, 10 de janeiro de 2014 | Filed in:
Eles
riem! Acho que são irmãos e estão na mesa ao lado. Ele come um pedaço generoso de uma torta de
chocolate que produz saliva e recordações deliciosamente doces, em mim! E joga
ao celular. Ela fala sem parar, baixinho e depois ri, ri... eu tenho o impulso
de pensar, muito tola, que riem de mim. Mas hoje estou de bem comigo. Bem
demais para me colocar pra baixo e ceder espaço à menos valia. Hoje, não!
Na TV em frente, com uma imagem tremida e nebulosa,
passa o Jornal local, para o qual não ligo a mínima! É hora do almoço.
Ousadamente, estou num lugar super bacana, sozinha. Almoço e
escrevo; separada de minha vida trivial. Esta outra mulher, em mim, é demais!
Adoro! E a gente só se encontra assim, quando saio de mim e
do meu contexto. Aí, o mundo é muito maior e não padeço das pequenas coisas e
mesmices do cotidiano. Eu olho para elas. E avalio. E lhes dou o devido valor e
lugar. Mas não o primeiro e melhor lugar.
Há uma campainha em minha mesa. Vou acionar e
chamar o garçom. Pedir um cappuccino. Ah! Delícia! Mas um resquício de loucura e morbidez me sussurra: “e se o
cartão estiver sem saldo? E se você
passou do limite? O que vai fazer? Por que não ficou no apartamento e comeu um
pão, um sanduíche”? Mas não mesmo!!! Não adianta! Hoje não vou me sabotar com
nenhuma alucinação. Aperto a campainha:
- Um cappuccino!
- Pequeno ou médio?
- Qual a diferença?
Ele me mostra. Eu escolho:
- O pequeno! Com creme!
Rimos.
Pequenas coisas. Grandes delícias!
This entry was posted on 14:21
You can follow any responses to this entry through
the RSS 2.0 feed.
You can leave a response,
or trackback from your own site.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
0 comentários:
Postar um comentário