sábado, 2 de maio de 2015 | Filed in:
Índios
Fulni-ô, de Pernambuco, no Quintal...
Homem da terra!
Vejo tuas cores
e me emociono!
Lindo e nobre!
Em ti, vejo a Mãe,
nossa mãe,
que você ama e respeita!
que você escuta e protege!
E que te abraça,
e te acolhe num verde,
grande e silencioso abraço!
Vejo que é só ali que respiras,
descansas e te fortaleces;
ali adormeces e sonhas teus
sonhos
de paz, de fartura e liberdade
em sintonia com as águas,
os cantos da passarada
e o coração da mata!
Eu sei, irmão mais velho...
Um dia foste acordado
sem cuidado
e expulso deste abraço!
Teus olhos ficaram tristes,
o coração apertado;
teus filhos com fome
e teu povo atordoado,
empurrado para uma
terra violada,
tornada seca,
com rios contaminados!
Sofreste muito!
Ainda sofres.
Escuto teu choro
teu grito sufocado!
Teu lamento fundo
e tua história
ecoam no meu coração!
Carregados pelo vento
espalham-se e, num dado
momento
eu escuto... sim! A Natureza
chora!
Cansada, explorada, agonizante
a mãe Terra chora!
Chora de saudade de ti,
um filho querido!
Saudade dos teus carinhos,
cuidados e respeito.
Saudade do teu canto,
da tua oração!
Eu tenho orgulho de ti,
meu irmão! Admiração!
Ao teu lado
eu me sinto feliz,
eu me sinto feliz,
eu me sinto em paz.
E tenho vergonha de nós!
De nós, os que viemos depois!
Do que fizemos,
arrogantes e ignorantes,
a ti e nossa mãe.
arrogantes e ignorantes,
a ti e nossa mãe.
Perdão!
Aprender contigo
é um desejo grande !
E que meus filhos,
meus netos,
meus alunos
também tenham e queiram
This entry was posted on 14:39
You can follow any responses to this entry through
the RSS 2.0 feed.
You can leave a response,
or trackback from your own site.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
0 comentários:
Postar um comentário