domingo, 10 de outubro de 2010 | Filed in:
Chegaram de repente, sem avisar; enchendo meu coração de alegria inesperada e até, descompassada! Dois dos meus três irmãos! Surpresa boa no telefone, no último momento, sem me dar tempo de antecipar nada: -“Tata, prepara o mate, chegamos em dez minutos...”. Eles me chamam de Tata, desde pequenos. Eu gosto. -“Tata! ...”. ouço e me volto para eles e neste movimento, através deles vejo o nosso passado. Nossa vida em casa, juntos. Tudo tão intenso, um pouco tenso naquele cotidiano longínquo... muitos detalhes, encontros, ausências, afinidades, solidão, conflitos, medos, afetos e parceria, distanciamentos (diferenças na criação; eles guris, eu guria), silêncios, confidências e confiança... Bonitos, os meus irmãos! Os dois que vieram e também o outro que não pode vir. Homens fortes, sensíveis, lutadores, sérios diante das coisas da vida; de abraço amoroso, olhar terno, sorriso largo, divertidos; buscando essencialidades; tentando ser melhor marido, melhor pai; alma doce. Uma irmã teria sido mais próxima e terna para comigo do que eles? Acho que não; por isto deixei de desejar uma e passei a desejar uma filha. Que tive! Graças! Um reencontro fundo, este com os manos, hoje. Encontro com estas partes importantes da minha vida; com este carinho que me faz falta no cotidiano. ”Tata”, uma palavra expressiva e doce; um elo fraterno, nó que nos enlaça. Já vivenciamos grandes hiatos; mas em momentos duros, quando um e outro precisou, um de nós estava lá. Como agora. Eu precisava. Eles vieram. Intuitivamente.
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1 comentários:
Aêêê !!!!!!! Coisa linda !!!!!!!!
Grande abraço,
Cuti.
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